Operação mira Organização Social suspeita de corrupção no Rio

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Uma operação resultou na prisão de Sildney Costa, ex-dirigente e diretor da Organização Social Lagos Rio, que gere hospitais e Upas da rede estadual do Rio. Foi preso também o diretor presidente da empresa, José Marcus Antunes, em São Paulo.

José Marcus é cunhado do operador da OS, Juracy Batista, que mora em SP e não foi localizado ainda

Segundo a sua esposa, Juracy está no Rio. Outro alvo da ação seria o filho do casal, Felipe Souza.

A Justiça do RJ expediu sete mandados de prisão a serem cumpridos no Rio de Janeiro e em São Paulo e outros 14 de busca e apreensão.

Segundo consta, a Lagos Rio desviou mais de 9 milhões de reais, em contratos superfaturados do governo do estado entre 2012 e 2019.

Entre 2012 e 2019, o Instituto Lagos Rio recebeu mais de R$ 650 milhões do governo do RJ.

De acordo com o site da OS, o instituto operou nas seguintes unidades de saúde estaduais:

Hospital Estadual Carlos Chagas (Rio)
Hospital Estadual Alberto Torres (São Gonçalo)
Hospital Estadual Prefeito Joao Batista Caffaro (Itaboraí)
UPA Bangu;
UPA Jacarepaguá;
UPA Magé;
UPA Marechal Hermes;
UPA Nova Iguaçu;
UPA Realengo;
UPA Ricardo de Albuquerque;
UPA Niterói;
UPA São Gonçalo;
UPA São Pedro da Aldeia;
UPA Campos dos Goytacazes;
UPA Itaboraí.

Segundo o jornal A Tribuna, desde 2016, a Organização Social (OS) enfrentou problemas de pendências jurídicas. Os profissionais da saúde demitidos chegaram a fazer uma manifestação em frente à sede da instituição, exigindo o pagamento de direitos fundamentais, como as rescisões, FGTS e seguro-desemprego.

Em 2019, as UPAs administradas pela Lagos Rio sofreram demissões em massa. Médicos, enfermeiros, assistentes sociais, auxiliares e técnicos de enfermagem, foram dispensados sem a restituição dos seus direitos trabalhistas. Segundo a Federação Nacional dos Médicos, já ocorreram cerca de 400 demissões, somando todas as unidades gerenciadas pela OS, que dispensou os funcionários de saúde alegando falta de repasse de verbas pelo governo do estado.

A Organização Social chegou a ser descredenciada.

Quem é o dono da empresa?

Juracy está afastado do quadro social da OS desde 2012, mas, de acordo com as investigações, continuava atuando com influência no esquema de desvios.

Segundo reportagem do jornalista Ruben Berta, no Blog do Berta, Juracy levava a vida na OS como um negócio em família. Com dinheiro superfaturado indo para seu próprio salário, o da filha Fernanda Andrade, do filho Felipe e do genro Marcelo Silden.

Leia aqui: BLOG DO BERTA: Como Organização Social virou bom negócio em família

Juracy ainda chama atenção por ganhar cinco salários em unidades diferentes de OS em Campos, Niterói, São Gonçalo e Hospital Carlos Chagas.

Ao Blog do Berta, a organização disse que sempre agiu de acordo com a lei e o governo do estado disse que está analisando os contratos.

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