Parece piada de mau gosto, mas é a verdade: aqui no Rio de Janeiro, o comércio e as demais atividades vão reabrir antes dos hospitais de campanha!
Mas enquanto o noticiário segue na escalada da catástrofe, um governador como Witzel, que até outro dia planejava com a Fiocruz o aumento do lockdown, decreta a
reabertura. Que ciência é essa? E agora os talibãs da paralisia vão ao shopping? Ou continuarão em casa esperando o pico?
Há épocas de tal corrupção, que, durante elas, talvez só o excesso do fanatismo possa, no meio da imoralidade triunfante, servir de escudo à nobreza e à dignidade
das almas rijamente temperadas.
Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis.
Em meio a escândalos e denúncias de superfaturamento na compra de respiradores e construção de hospitais de campanha do governo Witzel, o Flamengo mais uma vez serviu de Relações Públicas para ajudar a limpar a barra do Governador rubro-negro.
Que vergonha.
Estamos perdendo feio para o vírus da corrupção. Não se combate o Corona Vírus, que é um vírus letal, sem ter uma vacina disponível para combater o vírus da corrupção.
Os costumes, cuja excelência torna esse governo quase inútil e cuja a corrupção o torna quase impossível. A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.
Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que leem jornais, mas pelas quais se limpam com ele.
O vírus da corrupção está se alastrando de forma assustadora por todo o território nacional. Pessoas inocentes estão morrendo. Mas, ao contrário do Coronavírus, as
mortes não são causadas pelo contágio. O foco do vírus da corrupção são os políticos que estão imunes ao vírus. Aliado a impunidade, a letalidade do vírus da corrupção é quase 100%.
Existe cura? Enquanto forem permitidas campanhas eleitorais milionárias haverá corrupção no governo, pois alguém precisará pagar a conta da campanha, certo?
Ninguém doa tanto dinheiro para uma campanha eleitoral à toa. Não existe tanto idealismo assim, neste mundo, ou a humanidade não padeceria de tantos males.
