Rio espera volume financeiro 42% menor no Dia dos Namorados

0

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) referente ao Dia dos Namorados projeta movimentação financeira de R$ 788 milhões para a data no comércio do estado do Rio de Janeiro. O volume é 42% inferior ao da mesma data do ano passado, que totalizou R$ 1,36 bilhão.

Segundo o economista Rafael Zanderer, do IFec RJ, o desempenho desfavorável já era esperado, como ocorreu também na Páscoa e no Dia das Mães. “O comércio tem sofrido bastante desde o início do isolamento social, na segunda quinzena de março. Você tem um contexto muito ruim para as datas comemorativas”, disse o economista à Agência Brasil.

Zanderer destacou que tudo que aconteceu no comércio este ano foi pior do que no ano passado, com exceção dos supermercados e farmácias. Quando se olha, contudo, para outras atividades do setor do comércio, como eletrônicos, eletrodomésticos, vestuário, calçados e automóveis, todos os resultados deste ano foram piores do que os de 2019. Isso, desde o final de março, acrescentou.

Redução do tíquete

A queda de 42% no valor das compras para o Dia dos Namorados resulta da redução do tíquete médio com os presentes, que caiu de R$ 167,78, em 2019, para R$ 148,90, este ano. “As pessoas que disseram que vão dar presentes vão comprar artigos mais baratos”, dsse o economista. Ele chamou a atenção também para a retração do número de consumidores que devem presentear na data, que caiu de 8,1 milhões, no ano passado, para 5,3 milhões este ano.

“Não é que as pessoas deixaram de namorar, mas tem uma parte que está mais empobrecida”, afirmou Zanderer.

O economista observou que, por outro lado, muitas pessoas não podem sair para fazer compras, nem mesmo para namorar. “Perde um pouco a graça dar presente dessa maneira. Não tenho dúvida de que o fato de não poder encontrar a pessoa desanima um pouco.”

Preferência

Entre as lembranças mais procuradas, estão roupas, com 26,7%, perfumes e cosméticos (22,5%), calçados, bolsas e acessórios (20,3%), flores (15,5%), joias e bijuterias (9,6%), smartphones (6,4%), livros e e-books (5,9%), aparelhos de televisão (2,1%) e computadores (1,6%).

Rafael Zanderer destacou que, desde o início do isolamento social, em março, depois do automóvel, o segmento de roupas e calçados foi um dos ramos do comércio mais afetados pela crise, e isso continuou nos meses de abril e maio. Para o economista, isso se deve, em boa parte, à resistência das pessoas para comprar tais artigos pela internet devido a problemas de modelagem e tamanho.

No entanto, quando se pergunta aos namorados que pretendem presentar o parceiro no dia 12 deste mês o que eles pensam em comprar, os artigos mais citados são exatamente roupas e calçados.

“Em função do Dia dos Namorados, os lojistas podem esperar um resultado em junho um pouco melhor do que eles viram em março, abril e maio. Comparando com o ano passado, é péssimo, mas, se for feita a comparação com os meses anteriores, algumas atividades vão fazer mais volume de caixa em junho”, concluiu Zanderer.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.