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Copacabana concentra o maior número de mortes pela COVID-19 na cidade do Rio

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Nos últimos dias um fato chama a atenção: o alto número de mortes devido a COVID-19 no bairro de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Das 195 na cidade do Rio, 12 são em Copacabana, visto que a doença está em mais de 150 bairros.

Na semana passada havia 109 casos, com sete mortes.

Segundo a prefeitura, os levantamentos são baseados em quem mora nos bairros, ou seja, dos doze mortos, todos viviam em Copacabana.

Alto número de idosos

Copacabana é o bairro com o maior número de idosos do país, segundo o último censo

De acordo com os dados da prefeitura, em 33 casos confirmados em Copacabana até quinta-fera os doentes tinham 60 anos ou mais. Ou seja, do total de casos notificados entre os idosos no bairro, 18,18% terminaram com a morte do paciente.

Segundo o boletim. a média etária das vítimas também é elevada: chega a 80 anos. A explicação para isso é que dos sete óbitos, quatro eram de moradores com idade entre 80 anos e 89 anos. Outros dois mortos estavam na faixa dos 70 anos. Apenas uma vítima tinha menos de 60 anos, estando na faixa dos 50 anos. A secretaria municipal de Saúde confirmou nesta quinta-feira que todos esses óbitos ocorreram no asfalto, nenhuma delas em favelas do bairro.

Ao Jornal O Globo, o Ex-diretor do programa global de envelhecimento da Organização Mundial de Saúde ( OMS ) e presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil, Alexandre Kalache, que também é morador de Copacabana, diz que o bairro tem um perfil muito semelhante ao da Itália, um dos países em que mais morreram idosos. Aos 74 anos, ele mesmo tem adotado precauções.

Foto: Agência Estado

Desde 13 de março, dois dias depois de chegar de uma viagem a Portugal, não sai de casa. Nem para visitar a mãe que tem 102 anos e mora no mesmo bairro. Entre outras medidas, ele reduziu o número de cuidadores que acompanham a mãe, inclusive levando e trazendo de táxi os colaboradores que permanecem na equipe:

— Em Copacabana a situação se agrava porque a crença é de ser um bairro de classe média alta. Nem todo mundo pode oferecer aquilo que faço pela minha mãe. Copacabana tem muitos moradores idosos, de baixa renda, que não moram em imóveis tão confortáveis, sozinhos e que às vezes precisam sair — disse Kalache.

Aglomerações

Outra questão são as aglomerações, especialmente nos supermercados. Recebemos denúncias de lotação no Supermercado Mundial visto que não é o recomendado, mesmo que os supermercados estejam funcionando normalmente.

Números baixos no Leme

Os números de Copacabana contrastam com o bairro vizinho, o Leme com doze casos e um morto.

Em compensação Leblon, Ipanema e Botafogo concentram números altos:

Leblon tem 110 casos com 3 mortes, Botafogo com 94 casos e 4 mortes, Flamengo com 57 casos e 5 mortes e 85 casos e 5 mortes

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