Eduardo Paes é absolvido em acusação de corrupção em evento católico

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Rio de Janeiro - O prefeito Eduardo Paes em visita ao local onde está sendo montada a pira olímpica, na Orla Conde, em frente à Candelária (Fernando Frazão/Agência Brasil)

‘Quando aconteceu a denúncia, inclusive com meu bloqueio de bens, eu sofri todo tipo de acusações, como se condenado já fosse e tivesse de fato cometido o crime’, criticou o ex-prefeito do Rio em vídeo publicado em suas redes sociais

A Justiça do Rio absolveu o ex-prefeito Eduardo Paes de uma acusação de fraude na contratação de serviços médicos em um evento Católico conhecido como Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que teve uma edição em 2013, no Rio com a presença do Papa Francisco.

Os custos para atendimento aos peregrinos católicos chegaram a R$ 7,5 milhões, e foram assumidos pela Prefeitura dias antes do evento, após o Instituto JMJ declarar que não tinha como pagar as despesas e pedir ajuda ao governo.

O ex-prefeito do Rio declarou no Facebook:

“Eu nunca fujo de dar satisfação à população quando sou acusado de qualquer coisa. Mas, não posso deixar de registrar também quando falsas acusações caem por terra. Quando aconteceu a denúncia, inclusive com meu bloqueio de bens, eu sofri todo tipo de acusações, como se condenado já fosse e tivesse de fato cometido o crime”, pronunciou-se.

“Isso mostra que na vida pública a gente tem que sempre responder pelos nossos atos, mas que ações sem fundamento e que buscam tão somente criar um desgaste político, em geral, não prosperam”, completa Paes.

No despacho, a juíza afirmou Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal do Rio, entendeu na sentença que os recursos empenhados pela Prefeitura estavam de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e que a JMJ se configura como evento público. “A Jornada Mundial da Juventude, evento no qual se deu a contratação em análise, possuiu contornos de evento público, na medida em que atraiu a presença de vários chefes de Estado, com a presença do representante maior do Estado do Vaticano, além de ter sido acompanhada por milhões de peregrinos e cidadãos brasileiros”, anota.
A magistrada ressalta que houve “claro interesse público no atendimento médico pré-hospitalar em um evento de grande porte” para considerar a inexistência de indícios hábeis a comprovar desvio de finalidade no emprego dos recursos públicos.

Além do ex-prefeito, foram absolvidos da acusação Hans Fernando Rocha Dohman, João Luiz Ferreira Costa, Flavio Carneiro Guedes Alcoforado, Mario Luiz Viana Tiradentes, Leonardo Pan Monfort Mello e Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici.

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