A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) iniciou ontem (23) o tratamento da água na estação do Rio Guandu (ETA Guandu, no Grande Rio) com carvão ativado. A informação foi divulgada pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa).
O carvão ativado será usado para tentar reduzir o odor e gosto de terra provocados pela substância orgânica geosmina e que vêm sendo percebidos na água fornecida pela Cedae, há cerca de três semanas, na região metropolitana da capital.
A Cedae encaminhou ontem (22) à Agenersa os resultados das análises da qualidade da água tratada pela ETA Guandu. As análises foram feitas entre os dias 9 e 18 deste mês. Segundo a Agenersa, não foram encaminhados os resultados dos testes feitos nos dias 19 e 20, porque a Cedae explicou que eles ainda estão em fase de análise.
A agência informou que os dados da Cedae serão comparados com os resultados das análises realizadas pela Vigilância Sanitária Municipal.
Caso sejam comprovadas falhas nos procedimentos da Cedae, que comprometam a qualidade da água e coloquem em risco a saúde dos usuários, a concessionária pode ser multada em até R$ 5 milhões.
A PRÓPRIA CEDAE JOGA ESGOTO EM RIOS DA CIDADE
Peritos da Polícia Civil descobriram que a Cedae tem jogado esgoto em canais que desaguam nas lagoas da Barra e de Jacarepaguá, ambas na Zona Oeste do Rio.
A investigação já está nas mãos do Ministério Público
Os peritos coletaram amostras de água da rede da Cedae e as enviaram a laboratórios especializados. O resultado conclui que o esgoto bruto é lançado nas galerias administradas pela Rio Águas — e de lá segue para as lagoas.
Os exames foram acompanhados por peritos, delegados e promotores dos Ministérios Públicos estadual e federal