Servidores protestam contra atrasos de salário da Prefeitura

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Um protesto reuniu servidores do município do Rio das áreas de saúde e educação contra o atraso salarial anunciado pela prefeitura do Rio na tarde de ontem, terça-feira.

O secretário de fazenda Cesar Barbiero determinou que todos os pagamentos fossem suspensos até segunda ordem e disse que a medida poderia ser revertida a qualquer momento.

A prefeitura do Rio enfrenta séria crise financeira e atrasou pagamentos das Organizações Sociais que comandam hospitais afetando no atendimento básico da população.

O prefeito Marcelo Crivella não se pronunciou de forma oficial

Chamou a atenção a presença da Globo no protesto fazendo cobertura ao vivo pro RJTV. A emissora que omitia as manifestações contra os governos Paes, Cabral e Pezão, dessa vez entrou ao vivo se colocando ao lado dos manifestantes.

Especialistas em economia divergem sobre situação econômica da cidade

Ao Jornal EL PAÍS, a economista da FGV, Vilma Pinto diz que é cedo para dizer que é “calote” uma vez que eles podem acabar configurados como “restos a pagar” e honrados num futuro próximo. Ela ainda explica que a dívida do município do Rio aumentou até 2017 e se encontra hoje em 17,5 bilhões de reais, dos quais 9,8 bilhões são de instituições financeiras nacionais e 4,6 bilhões são de entidades internacionais. O grosso é relativo a empréstimos e financiamentos, ainda que haja também parcelamentos previdenciário e tributário, refinanciamento com a União, dívidas contratuais, entre outros.

Apesar das cifras aparentemente altas, Pinto argumenta que se encontram consideravelmente abaixo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “A crise que os Estados e municípios vem enfrentando está muito mais relacionada a uma questão de fluxo do que uma questão de estoque (endividamento). A recessão econômica foi muito longa e a queda nas receitas contribuiu para um desequilíbrio mais forte, evidenciando questões estruturais importantes, como a questão dos gastos com pessoal”, explica. Contudo, ela chama atenção para o fato de que a credibilidade da cidade do Rio, que depende da avaliação capacidade de pagamento de sua dívida. Essa confiança era baixa mesmo antes da medida desta terça. “O município tem a nota C no CAPAG [índice do Tesouro Nacional que mede capacidade de pagamento de estados e municípios], o que já indica que a União não deve conceder garantia para empréstimos e financiamentos”, explica. Apenas as notas A e B atestam que o ente está apto a receber esta chancela da União.”

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