Organização que administrava UPA rebate Pezão dizendo que o Governo não pagava verbas

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Foto: Fabiano Rocha da Agência O GLOBO

Um novo capítulo envolvendo a briga do Governador Pezão e a Organização Social HMTJ: A Secretaria de Estado tentou justificar a rescisão unilateral do contrato com a Os através de uma nota onde reclama que a empresa não pagava aos funcionários mesmo com os repasses que o Governo diz ter feito.

Lembrando que o Governo do Estado rescindiu de forma unilateral o contrato com a Os HMTJ que geria as UPAS de Jacarepaguá, Tijuca, Botafogo e Copacabana além do Hospital da Mãe em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Segundo informações do jornalista Gabriel Gontijo, os funcionários da UPA cancelaram o atendimento geral no dia de ontem por conta das demissões.

A nota da Secretaria Estadual de Saúde é a seguinte:

A Secretaria de Estado de Saúde informa que o contrato com a OSS HMTJ será reincidido unilateralmente. A decisão foi tomada diante das últimas ocorrências envolvendo a Organização Social, entre elas, o não pagamento de funcionários mesmo depois de repasses efetuados pela SES, a recomendação da Defensoria Pública, denúncias de funcionários, greves e parecer da Controladoria de OSS da SES.

A SES esclarece que as unidades continuarão funcionando e que os funcionários serão mantidos em seus cargos.

Só que em matéria do site G1, o diretor-médico da Organização Social HMTJ Thiago Moraes afirmou que o Governo do Estado deve mais de 500 milhões de reais a organização e que os recursos dados para o funcionamento das unidades são mínimos, tendo atrasos há três anos, o que gerou o bloqueio nas contas das Os. Ressaltou ainda que o funcionamento das unidades segue normal.

Temos sofrido uma inadimplência recorrente desde 2015. Isso provocou uma dívida enorme e fatalmente gerou uma complexidade muito grande na gestão das unidades. Devemos laboratório, empresa que fornece equipamentos, oxigênio… E isso trouxe uma série de prejuízos. A SES sempre pagou o mínimo para manter as unidades abertas”, reclamou o diretor.

Números enviados pela instituição à reportagem informam que em janeiro e fevereiro deste ano, entre atendimentos pediátricos e adultos, 63.323 pacientes passaram pelas quatro UPAs que eram geridas pela OS. No mesmo período, no Hospital da Mãe, a organização comunicou que 10.376 pacientes foram atendidos em ambulatório e 1.348 partos foram realizados.

Moraes diz compreender a calamidade financeira no estado, mas garante que a saída (ainda que forçada) do estado será definitiva para a HMTJ. O diretor também afirmou que a OS irá brigar pelos direitos dos funcionários.

“É uma irresponsabilidade sem precedentes. Nunca vimos nada parecido com o que está acontecendo no RJ. O problema do RJ não é só segurança. A saída do RJ é definitiva. Eram as últimas cinco unidades no RJ. Hoje, já fizemos várias reuniões e a HMTJ não vai ‘arredar o pé’ dos direitos dos funcionários, fornecedores e da própria instituição”, frisou o representante.

A matéria da Globo ainda tenta aliviar a barra de Pezão dizendo que Thiago compreende o momento que o estado está falido.

Porém se esquece em dizer que a saúde é um fundamento básico para a população.

Diferentemente do massacre e da perseguição com a gestão Marcelo Crivella no caso dos hospitais Salgado Filho e Rocha Faria, onde não teve mais matéria depois que a Prefeitura assumiu a gestão do hospital.

Thiago afirma que o Governador tem que pagar aos funcionários das Os e que eles não abrem mão dos seus direitos.

Em matéria de 2016, funcionários da Os já reclamavam que o Governo não repassava verba para as UPAS.

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Funcionários de UPA entram em greve e Governador considera greve ilegítima mesmo devendo

Na época o Governo já admitia ser impossível o pagamento integral, por conta supostamente da crise.

No início de março, o Ministério Público já havia pedido o afastamento do Governador por investir na saúde menos do que deveria.

Ministério Público pede afastamento do Governador Pezão

A crise é inegável. Mas os motivos da crise somados a corrupção endêmica do Governo PMDB no Rio de Janeiro, cuja participação de Pezão foi capital na sua incompetência levaram a saúde ao caos.

Isso gera um péssimo serviço a população tão carente de bons serviços, que são básicos.

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