Alegria da Zona Sul, Sossego, Cabuçu e escolas mirins perdem barracões

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Foto: Desfile da Sossego/ Divulgação/Rio Tur

Com informações do Jornal O Dia e Extra

A semana seguinte ao Carnaval não começou bem para algumas escolas de samba dos grupos de acesso e infantis. Isso porque a Justiça concedeu ontem uma ordem de desocupação do galpão da Rua Equador, na Via Binário, onde Alegria da Zona Sul, Acadêmicos do Sossego, Unidos do Cabuçu e duas agremiações mirins Miúda do Cabuçu e Mangueira do Amanhã mantinham seus materiais de desfile.

A ação foi movida pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) que garante ter um laudo da Defesa Civil alertando para o risco de desabamento do local.

De acordo com o presidente da Miúda da Cabuçu, Antônio Faria, o galpão além de ser usado como depósito de material servia como abrigo para trabalhadores das agremiações. Segundo ele, os moradores já foram retirados dos barracões.

“O que fizeram foi desumano não só pela quantidade de material que a gente já perdeu, mas também porque os moradores de lá estão desabrigados, de baixo de um viaduto próximo ao sambódromo. Amanhã (hoje) vamos procurar os órgãos competentes para saber o que pode ser feito, queremos arrumar um local para essas pessoas ficarem. É um absurdo, uma falta de diálogo enorme”, desabafou Antônio.

Reprodução: Google

LOCAL SERÁ DEMOLIDO

Em nota, a Cdurp afirma que ocorreram diversas negociações para a desocupação, mas não houve avanço entre as partes.

A Cdurp afirmou que o local será demolido e que o material das escolas foi levado para um depósito público com o apoio da prefeitura. A expectativa é que os objetos sejam retirados amanhã.

No entanto, o presidente da Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (AESM-Rio), Edson Marinho, garantiu não ter sido notificado. “A gente foi pego de surpresa. O argumento usado é de que o processo está tramitando há mais de um ano, mas as escolas mirins nunca foram avisadas. Pode ser que as escolas maiores tenham recebido alguma notícia, mas te garanto que nunca chegou nada até nós”, assegura.

A LIERJ afirma a mesma coisa para a coluna de Berenice Seara do EXTRA

“A agremiação está arriscada a perder o trabalho de um ano inteiro por essa falta diálogo da prefeitura conosco. Reforçamos a necessidade de construir, mesmo que de forma provisória, a Cidade do Samba 2, para que nossas agremiações não fiquem passando este constrangimento”, reivindica a equipe de defesa da Lierj.”

A ação também contou com apoio da Polícia Militar, Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio), Guarda Municipal, Comlurb, Concessionária Porto Novo e VLT Carioca.

BLOG OPINA

É péssimo para o carnaval uma situação como essa. Reforça que as escolas de samba de menor investimento precisam de maneira urgente conversar com a Prefeitura a respeito de um espaço como a cidade do samba para que ali possam desenvolver o seu carnaval.

Mais, uma ação como esta mostra que falta também organização por parte de determinadas escolas, que dependem demais da subvenção e da verba da Globo. A Sossego nem isso mais já que caiu.

Mais um triste episódio após o carnaval

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