Prefeitura do Rio avalia que sistema de drenagem suportou chuva

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18/02/2018 – 10h29

Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

Após uma reunião com assessores e secretários na noite de ontem (17), no Centro de Operações Rio, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, avaliou que o sistema de drenagem da cidade conseguiu suportar o volume de chuva durante o temporal da da última quinta-feira (15). O prefeito afirmou, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa da prefeitura, que o temporal foi “sem precedentes nos últimos 100 anos”.

“Nossos reservatórios na Zona Norte não chegaram a transbordar, e foi satisfatório. No dia seguinte de manhã, na Fazenda Botafogo, a drenagem conseguiu que as águas tivessem um nível muito menor. Na Zona Oeste, no Jardim Maravilha, houve um tempo de escoamento maior, devido ao bairro estar bem abaixo da linha do mar, numa chuva que há décadas não caía sobre o Rio”, avaliou Crivella, que estava em viagem à Europa entre o útlimo domingo e a sexta-feira.

A comunidade de Jardim Maravilha, na zona oeste do Rio, foi uma das mais afetadas pela chuva Vladimir

Platonow/Agência Brasil

O Jardim Maravilha, que tem quase 70 mil moradores, foi um dos locais mais afetados pela chuva no Rio de Janeiro, e permaneceu alagado horas após o dia amanhecer na última quinta-feira. Milhares de famílias tiveram suas casas alagadas e perderam bens. Moradores ouvidos pela Agência Brasil pediram obras urgentes de saneamento.

Outros bairros da zona oeste como Campo Grande e Jacarepaguá também estão entre que sofreram maiores danos, além da Ilha do Governador, na zona norte.

A cidade permanece em estágio de atenção desde a madrugada de quinta-feira (15), quando a enxurrada deixou quatro mortos e 2 mil pessoas desabrigadas nas zonas norte e oeste do Rio de Janeiro. Durante o temporal da quinta-feira, a estação Barra da Tijuca/Riocentro registrou 123,6 milímetros (mm) de chuva entre 0h e 1h, o maior volume já constado desde 1997, quando o sistema Alerta Rio começou a armazenar os dados.

A chuva derrubou 1,3 mil árvores e causou danos em diversos pontos da rede elétrica, o que, de acordo com a concessionária Light, chegou a deixar 20% dos clientes da cidade sem luz. A empresa ainda trabalha para normalizar o fornecimento, mas afirma que no momento restam apenas situações isoladas, sem grandes trechos de bairros afetados.

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