Em matéria sobre transporte, EXTRA defende o aumento da passagem e critica trabalhadores informais

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Em mais uma “crítica” ao governo do Prefeito Marcelo Crivella, o Jornal EXTRA produziu uma reportagem em que mostra o caos do transporte do Rio de Janeiro.

A matéria faz um charme, um drama, um sensacionalismo barato porém se esquece de vários fatores.

Ela fala de como o sistema de transporte era bom em 2016 mas ruim em 2017, em mais uma clara defesa ao ex prefeito amigo Eduardo Paes.

No seguinte trecho:

“A mobilidade do Rio passa por problemas desde o fim da gestão do ex-prefeito Eduardo Paes. Nos últimos dois anos, sete empresas de ônibus fecharam as portas. Mas 2017 é apontado como o mais crítico. Além do desemprego — um dos responsáveis pela redução de 9,65% no número de passageiros — e as duas reduções na tarifa autorizadas pela Justiça, a crise foi agravada por um tripé de erros administrativos: desobediência ao contrato de concessão, suspensão do processo de racionalização das linhas e falta de fiscalização das vans.

— Há direitos e deveres para ambos os lados. O reajuste de tarifa está no contrato, e o prefeito não está cumprindo. Por outro lado, os operadores também não respeitam determinações como a climatização total da frota e a oferta satisfatória de viagens. Quem paga é o usuário — avalia Guerra”

O Jornal supõe que um dos motivos da crise do transporte público seja a redução justa do valor da passagem de ônibus pela justiça e pela prefeitura.

A justiça está errada?

O jornalista critica as “vans irregulares” mas se esquece que elas não surgiram em 2017.

As vans fazem o trabalho que as empresas não fazem.

Quem conhece a cidade sabe: não são as vans que prejudicaram as empresas de ônibus e sim o serviço péssimo dos ônibus do Rio de Janeiro, especialmente na Zona Oeste.

Se o EXTRA andasse mais pela cidade veria que os ônibus passam bastante pela Zona Sul mas pouco pela Zona Oeste, em muitos lugares sequer ônibus tem ou se tem, com hora marcada pra passar.

Enquanto isso, os empresários cheios de dinheiro e financiando os amigos do PMDB.

É aí que atuam as vans que devem ser regularizadas, que devem ser liberadas. Geram empregos.

Parece que o jornal não quer ver o pessoal trabalhando.

Defendendo o modelo de concessão das empresas de ônibus com o antigo prefeito Eduardo Paes, vão na contramão do que quer e pensa a população do Rio.

A medida que baixou a passagem de ônibus fez os empresários piorarem o serviço que já era ruim.

Nunca o serviço de ônibus foi bom nesta cidade. Nunca!

Eduardo Paes, na sua megalomania junto aos amigos das empreiteiras criou os BRTs, ótimo serviço que também é afetado pela falta de dinheiro e má gestão das concessionárias.

A CPI dos ônibus nunca foi tão necessária. É preciso abrir a caixa preta do transporte no Rio de Janeiro e colocar os verdadeiros culpados na prisão.

Jacob Barata e Lélis Teixeira já estão passando por essa situação, numa clara demonstração de que a justiça não irá permitir sacanagem com a população. O problema é o Gilmar Mendes mesmo.

Mais que isso… A justiça ao baixar a passagem de ônibus vai a favor do melhor serviço para a população.

Se não fosse Crivella e o MP a passagem seria 4 reais no mínimo.

A velha desculpa: ar condicionado.

O prefeito Eduardo Paes não cumpriu o que prometeu. Não climatizou a frota de ônibus na cidade.

20 anos de transporte nas mãos desse pessoal da Fetranspor e Rio Ônibus fazendo o que querem na cidade. E agora coitados… A “desobediência da prefeitura” os prejudicou.

E agora, a Rio Ônibus se diz vítima da prefeitura.

A crise bateu forte no Estado e na cidade do Rio. Muito dinheiro foi gasto de forma desnecessária.

A aparente mobilidade urbana boa em 2016 é mentira do jornal.

A passagem era alta, o serviço era sim ruim e os calotes dentro do BRT já aconteciam.

O VLT, obra que se mostrou desnecessária no Rio só ficou pronto em 2017.

Será que o jornal se esqueceu que os mafiosos das empresas de ônibus financiaram campanhas do PMDB?

As prisões dos chefes do transporte não são resposta para o que está acontecendo?

O jornal crítica os ambulantes por fazerem o seu trabalho de vendas de produtos desvalorizando a força de trabalho de várias pessoas.

O desemprego na cidade proeminente dos desastrosos governos PT e PMDB arrastaram o caos.

Ambulantes na cidade e nas estações sempre existiram e olha que quando comecei a circular na cidade quando adolescente, ainda no tempo do prefeito César Maia era frequente ver ambulantes, especialmente na Zona Oeste, área abandonada pelo poder público.

Sabe o que parece? A Zona Oeste é boa para fazer palhaçadas no RJ MÓVEL mas não serve para ter vans para a população e os ambulantes não podem trabalhar.

As pessoas precisam trabalhar.

O sistema está bom? Não.

Mas tudo era bom antigamente e entramos num mar de caos? Não.

Os empresários precisam investir sério nas linhas, climatizar a frota de ônibus já (só assim podem solicitar aumentar) e as concessionárias aprender a administrar e fiscalizar direito o BRT e afins.

Poderia ser uma crítica mas é mais um caso de como o jornalismo de guerrilha é utilizado para perseguir adversários políticos e concorrentes. Que medo é esse hein?

2018 ainda nem começou e a guerra política domina a cena.

Link: https://m.extra.globo.com/noticias/rio/sistema-de-transporte-no-rio-anda-para-tras-22237449.html

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Leonardo Oliveira Brito
Leonardo de Oliveira Brito é Jornalista. Participou de projetos como o CDD na Tela e da Agência Jovem de Notícias onde cobriu a Rio + 20, em 2012. Oficialmente começou sua carreira em 2013, no projeto Parceiros do RJ do RJTV na TV Globo. Em 2014 foi para o site SRZD onde cobriu os carnavais de 2015 e 2016 e depois, em 2018 e 2022. Também passou pelos sites Carnavalesco, Destino ATW e Na Tijuca e Eu Rio!, onde participou da criação do site. Criou o seu blog, em 2016 e em 2018 lançou o jornal online Gazeta do Rio. Hoje também é repórter do jornal A Tribuna, de Niterói.

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