Chapecoense: 1 ano depois

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Nunca me esquecerei dessa cena. Eu estava deitado me preparando para dormir e na tela do meu notebook um capítulo antigo da novela “A Próxima Vítima” que eu estava assistindo no momento.

Renan Portela, que há pouco conversava comigo sobre a minha coluna no Blog sobre Fidel Castro, me chamou as 3 e meia da manhã por aí me alertando de que o avião da Chapecoense estava desaparecido, informava sites da Colômbia e o Clarín, com informações ainda iniciais.
Eu fiquei atordoado e liguei a televisão na hora e comecei a buscar em todos os sites e não queria publicar uma notícia dessas no Blog sem nenhum tipo de apuração ou confirmação.

Veio a notícia da Zero Hora e o Plantão do Jornal do SBT, primeiro telejornal a informar. Publiquei as informações iniciais e ao mesmo tempo uma sensação estranha, um medo e uma torcida de que tudo isso não fosse verdade, ainda que fosse uma possibilidade mínima.

Veio o plantão da Globo e novas informações chegaram. Agora havia a confirmação do desaparecimento do avião e a queda, logo a seguir.

Informações desencontradas sobre feridos, sobreviventes e número de mortos.

A ficha começou a cair.

Uma tragédia havia acontecido

Foi uma das piores madrugadas da minha e da vida de muitas pessoas, sem falar no sofrimento de parentes com o ocorrido.

Perdemos jogadores, jornalistas, colegas, amigos.

Todo o país acordou chocado e chorando com o que aconteceu

Infelizmente o mundo conheceu dessa forma a Chapecoense.

A tragédia infelizmente traz lições

Lições de que.. a gente nunca sabe o dia de amanhã, nunca sabemos o que pode vir a acontecer por isso é sempre importante não deixar nada pendente com pessoas.
Não deixe de falar eu te amo com a pessoa que você gosta.
Viva como se fosse o último dia
A Chapecoense nos ensinou que não existiu naquele dia bandeira, rivalidade, todos nós éramos Chape.

Exatamente um ano depois, faltou ao clube assistência logo em seguida aos familiares das vítimas dos jogadores.

A confusão administrativa da Chape a eliminou da Libertadores, classificando com isso o finalista Lanús.

O clube recomeçou do zero.

Numa atitude honrosa recusou ficar imune a rebaixamentos por três anos

Hoje é importante celebrar todas as vítimas e os sobreviventes da triste tragédia.

O futebol ficou de luto como há muito tempo não se via.

Foi a maior tragédia do esporte mundial, creio eu

Hoje a Chape é o segundo time de muita gente, é querido, respeitado, muita gente sente carinho por um clube que sempre galgou na bola os seus objetivos e que fazia campanha linda na Copa Sul Americana de 2016.

Aquela perda foi nossa também.

1 ano depois. Não iremos nunca esquecer daqueles que lá estavam.

Sempre com carinho, orações.

A vida seguiu mas a lembrança será eterna.

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