A Itália está fora da Copa do Mundo de 2018. A Azurra empatou sem gols com a Suécia no San Siro em Milão e não vai jogar a Copa após 70 anos.
Dura realidade, lamentável, eu como alguém que gosta do bom futebol fico extremamente triste porque sempre simpatizei muito com a seleção italiana por ter amigos e por sempre admirar o futebol italiano além de assistir desde criança ao campeonato.
Gosto muito dos rivais Milan e Inter e me dá pena ver como tudo isso na verdade é apenas reflexo, consequência de um futebol cada vez mais decadente, fraco, com um campeonato num nível inferior ao jogado há dez anos por exemplo.
Nos anos 90, os times italianos dominavam o futebol. A Inter de Ronaldo e o grande Milan de 1995 e a geração que veio nos anos 2000 com times espetaculares marcaram.
A Juventus hoje sobra no campeonato. Ganhou os últimos títulos visto que há dez anos perdeu dois Scudettos e foi rebaixada.
Hoje sobra na Itália com um time razoável. Napoli hoje também faz frente junto com a Roma.
Milan e Inter são a cara do futebol italiano decadente, onde dominam os investidores estrangeiros que ainda não montaram grandes times.
A seleção que em 2010 e 2014 caiu vergonhosamente na primeira fase sofre com a entressafra. Não houve uma renovação com qualidade na seleção, tanto que no jogo contra a Suécia o fraco técnico Gian Ventura teve que apelar para o brasileiro Jorginho dar qualidade ao meio campo.
Há talento nessa geração mas não conseguem se encontrar num time que não foi condizente com a sua história de tetra campeã do mundo.
A Itália respira futebol. Mas no seu campeonato, que hoje mal é falado não vemos os grandes craques que vemos no Inglês, Alemão e Espanhol. O Francês tirando PSG e Mônaco é fraco.
É reflexo de uma federação que não quis contratar um técnico de ponta como Carlo Ancelotti, Massimiliano Allegri ou Antônio Conte por serem caros demais.
A Juventus hoje é dominada pelos chineses que ousaram mudar o escudo da Vecchia Senhora tão tradicional.
As eliminações ridículas de 2010 e 2014 sem falar na fraca Euro em 2016 não serviram pra nada.
Quem gosta do futebol italiano como eu lamenta, fica triste mas vê que infelizmente isso mais ou menos iria acontecer.
Aqui no Brasil, Tite encontrou esse caminho apesar da falta de paciência da CBF ao demitir Dunga e evitou vexame parecido.
Ruim para a Copa, para o futebol. Mas que a Itália mude. Começando de cima.
