Início BLOG DO LEO Os falsos liberais e os falsos moralistas do MBL

Os falsos liberais e os falsos moralistas do MBL

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Eu sou um cara a favor da total liberdade. De expressão, de orientação, do que a pessoa quiser fazer ou não, desde que não interfira no espaço do outro. 

A liberdade não pode ser subjugada ao que eu penso, a uma questão meramente ideológica e cada vez mais vemos uma guerra insana de ideologias extremas vindas de pessoas que não são nada a não ser meros reclamadores de rede social ou então pessoas que querem algum interesse com tudo isso. 

É o caso do pessoal do MBL. O movimento que parecia apenas uma visão liberal da nova direita repete erros da velha direita. Ou seja, a intolerância ao pensamento diferente que tanto julgam e com razão os movimentos de esquerda extrema. Tudo pra eles é coisa do comunismo, da esquerda, do petismo. Um movimento que se recusa a debater o país de uma forma ampla, ainda muito juvenil. 

Na sua organização Kim Kataguri que de um jovem questionador nada mais é que um cara que só questiona o que convém e que não possui o menor preparo para encarar situações em que a palavra liberdade é colocada em questão. 

Ou seja. O Movimento Brasil Livre não defende um país liberal. Um país moderno com boas características do liberalismo e da social democracia, afinal estamos falando de Brasil né, existe um passado histórico aí que não pode ser apagado como se não fosse nada. 

O MBL é mais um movimento como todos os outros que na verdade são extremistas. Extremistas de direita. Eles são extremistas de direita. Todo extremismo é pesado é complicado. 

Associar toda a merda da política brasileira a um pequeno grupo é ridículo. 

Na rebarba, Arthur Moledo do Val cujo trabalho de fato eu admiro por desmascarar um pouco da retórica da esquerda mostrando pessoas que não sabem nada de nada porém ele peca não em ser questionador mas ser assim apenas quando o convém. Ele e o MBL. 

Um movimento em que se imagina independência, a entrevista com o prefeito Dória foi patética. Semelhante as entrevistas dos blogueiros petistas com o Lula. 

Independente do que eu penso ou concordo sobre visões políticas, todo debate é saudável e merece amplitude. Fora isso apenas discursos vazios e um ódio que não deveria existir. Uma nova geração que ao invés de ampliar o debate, cada vez mais reduz a sua própria ideologia e seus medos de perder. 

O MBL teve a pachorra de apoiar o Presidente Michel Temer pelo medo de uma eleição em que segundo eles a esquerda seria a maior beneficiada. 

Quando associam os veículos de comunicação a partidos de esquerda praticam um reducionismo burro e que não condizem com a realidade. Fernando Holiday associar a Revista Veja, a Folha de São Paulo e O Globo a esquerda é desconhecer a própria história da comunicação brasileira. 

Mas quem se importa? O que importa é destilar nas redes sociais suas visões com interesses partidários. 

Acho toda associação de movimentos jovens a partidos políticos perigosa. Sabemos que a política é movida a jogos de interesses. 

O MBL é apenas mais um desses grupos que de libertários não são nada. 

Não querem liberdade. A liberdade não pode estar resumida a um discurso. As pessoas podem ser livres para serem o que quiserem. Para seguirem o que quiserem. 

Rapidamente sobre a tal exposição do Santander que eles fizeram o banco cancelar. Apesar dos erros do banco, da exposição, da curadoria e que são muitos e que merecem ser citados em outro artigo, não pode um grupo exigir um cancelamento de um evento sob um pretexto puramente ideológico e ainda dizer que é um movimento popular. 

Boicote, não vá, feche a sua conta no Santander, critique a classificação etária mas pressionar para fechar? 

E a tal liberdade?

Mais um erro desse movimento que se diz da nova direita. 

Não. Não pense que com isso estou defendendo os movimentos de esquerda. Movimentos de esquerda e direita e jovens agem igual. 

Aliás, certamente algum vai estar pensando que eu sou algum esquerdista ou petista apenas por questionar o MBL. É lamentável, porém esperado. 

Vários agem igual. O MBL quando apareceu com uma proposta veio com um respiro mas após o processo torto de Impeachment repete clichês, erros de movimentos como UNE, CUT e outros que não se propõem a discutir o país. 

No caso da exposição, me lembro também do caso do festival de cinema em Pernambuco em que dois filmes que supostamente seriam de direita foram boicotados. 

Ou seja. Todos erram. Não existe santo extremista. 

Acho que na verdade pedir pra debater o país sem apego ideológico é um pouco demais. Somos muito carregados de sentimentalismo quando falamos e pensamos nossos ideais. Mas isso se mistura de forma perigosa quando não há espaço pra um debate em que várias visões podem e devem ser ouvidas e merecer respeito. 

Antes de falar de liberdade, é preciso praticar. Não se pode se dizer libertário quando não se propõe a ouvir o contrário. 

Pessoas como Kim Kataguri que foi até colunista da Folha de São Paulo estão na política por aí. Esse rapaz certamente será candidato e ganhará cargo público logo logo. 

Reforma política ainda tá longe. Quando um pensamento que poderia ser jovem repete erros dos mais velhos. 

Essa guerrilha ideológica me cansa. Estamos diante de um radicalismo cansativo de todos os lados. 

Tá difícil. 

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