Hoje, 20 de Julho de 2017 é um dia inacreditável e infelizmente marcante por uma notícia que eu não gostaria de receber. Chester Bennington de 41 anos, vocalista do Linkin Park foi encontrado morto nessa manhã na sua casa.
Os sinais aparentes são de suicídio por enforcamento.
Mais uma morte no showbiz dessa forma. Por que?
Agora volto a 2003
Eu ainda moleque, adolescente começava a ouvir rock, descobria o maravilhoso mundo da MTV e da Rádio Cidade e da música rock internacional. Quando assisto na MTV o clipe de “In The End” minha cabeça dá 360 graus. Aquele som era forte, potente, furioso. Ninguém poderia dizer que aquele rock não tinha qualidade. Pirei.
2004 e continuei acompanhando a banda que já vinha de um sucesso estrondoso do disco “Hybrid Theory”.
Veio Meteora. O disco lançado em 2002 mas que eu também tava começando a acompanhar naquela época
Era clipe na MTV, no Disk MTV, no rádio, no Clipe Mania da Band, era todo o lugar. Eu queria ouvir Linkin Park.
Som original. Que misturava a força e potência do rock com a sonoridade, a poesia e melodia do rap com Mike Shinoda.
Já me considerava fã. Apesar que não tinha dinheiro pra comprar o CD, nem ir a show no Brasil, nem tinha internet pra procurar os clipes. Mas ainda assim pirei mais uma vez ao ouvir Numb.
Aquela era a música do ano de 2004 mesmo tendo sido lançada antes. Tocou sem parar até onde pudesse. Ali eu tava vivendo a minha adolescência, no auge da puberdade com uma banda que tocava aquilo que a gente queria ouvir, o que representava para nós a música.
Na época tivemos grandes discos lançados como os do Green Day, System Of a Down entre outros.
Em 2005 uma parceria incrível com o Jay Z produziu sons interessantes.
Linkin Park ali era a minha banda favorita, tinha show na MTV eu gravava, clipe gravava, não perdia um, Linkin era a banda que eu não cansava de escutar e aumentava o rádio quando tocava.
A volta da banda em 2007 com um som diferente dos primeiros discos mostrou uma banda e uma pegada mais madura no som. Me lembro que vi o clipe pela primeira vez no Fantástico.
De lá pra cá, mudei. O som mudou, a música e meus gostos se transformaram. Cresci. Linkin Park já estava raro na minha playlist mas quando tocava ainda ouvia com carinho.
Linkin Park, Chester Bennington me remete a minha adolescência. Não só a minha, mas a de vários amigos meus que hoje estão tristes.
O Rock anda tomando muitas porradas recentemente, vide a também morte estúpida de Chris Cornell.
Cresci ouvindo, a lembrança é a melhor possível.
Não julgo o suicida, mas também não o entendo. Não consigo dimensionar o que ele sentia ali pra dizer o que ele deveria ou não fazer. A escolha é covarde, mas para uns a morte é a liberdade.
Drogas, bebidas, depressão. Tudo isso fez parte da vida de Chester que aos 41 anos deixa seis filhos.
Independente disso, Chester será eterno, onde for.
Hoje eu tô chocado, transtornado, magoado, querendo entender o porquê tem que ser assim.
Obrigado Linkin Park, obrigado Chester Bennington por me fazer gostar de rock como gosto hoje, por fazer um som que chegasse aos nossos ouvidos da maneira como a mensagem deveria ser transmitida.
Você será, assim como vários outros astros do rock que partiram cedo, você será eterno.
Assista aqui ao clipe de Numb, do álbum Meteora de 2004
Depressão, o Chester foi abusado quando criança, sofreu de muitos problemas com drogas para poder esquecer isso antes de entrar na banda Linkin Park, ele lutou a vida dele toda para poder melhorar e esquecer essas coisas, ele fez muito, recentemente um amigo dele se matou, e ontem seria o aniversário dele, talvez isso e muitas outras coisas se juntaram e esse vazio venceu infelizmente… Ele fez muitas coisas boas, não só por suas músicas, Chester ajudou pessoas verdadeiramente. Mas infelizmente ele não teve ajuda suficiente, ninguém sabe o que se passa na vida do outro, ninguém tem direito de criticar, peguem a morte dele como exemplo para ajudar o próximo, simples palavras com amor pode mudar o mundo!! 😔😔