Início BLOG DO LEO O Baixo nível da campanha política no segundo turno

O Baixo nível da campanha política no segundo turno

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Uma análise dos melhores e dos piores lançamentos de 2018

Leonardo Oliveira

A Preocupação que se tinha em relação ao início do segundo turno era em relação aos boatos absurdos em cima dos dois candidatos a Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo e Marcelo Crivella. Falamos sobre isso, o que deu uma repercussão incrível do BLOG. 

Mas o que espanta dessa vez é que os próprios candidatos incorporaram o discurso que repudiavam no início do mês. 

O primeiro debate do segundo turno foi morno, candidatos trocando elogios e apenas falando de propostas. Freixo em sua primeira resposta dizia sentir muito respeito pela figura de Crivella. A recíproca foi a mesma. 

O que aconteceu? 

A primeira pesquisa do segundo turno mostrou uma larga vantagem de Crivella sobre Freixo. Crivella a partir daí resolveu não ir mais aos debates marcados pela Rede TV e Globo. Freixo acordou. Partiu para o ataque. Relembrou a população o apoio do PR a Crivella e insiste em dizer que Garotinho fará parte do Governo. Crivella nega veementemente. 

Caíram como bombas em cima de Crivella, declarações que ele deu enquanto Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e o livro “Evangelizando a África” que Crivella escreveu em 1999 e publicado no Brasil em 2002. No livro, Crivella faz críticas pesadíssimas a Igreja católica e as religiões de matriz africana. Em seguida, a manifestação de voto a Crivella por parte de Carminha Jerominho, filha de Jerominho e sobrinha de Natalino, integrantes de uma das maiores milícias do Rio de Janeiro. 

Declarar voto não é fazer acordo, não é fazer coligação. Outra coisa, eles não apoiam Crivella, eles são contra o Freixo!

Marcelo Freixo teve atuação destacada na CPI das Milícias. 

Crivella todos os dias tem que dar explicações sobre tudo isso, e reafirmar que fará um governo laico e que não terá influência de Garotinho. 
Todos os dias Freixo afirma na sua propaganda que o PMDB voltará num governo de Crivella, afirmação com pouco fundamento. 

Crivella, com isso acordou e resolveu também atacar. Passou a falar que Freixo apóia os Black Blocs, usando pra isso um vídeo das Manifestações de 2013 onde Freixo diz que respeita qualquer movimento que tenha uma intenção de uma sociedade mais justa e que é um movimento como tantos outros. 

Associa o candidato do PSOL ao governo da Venezuela e a ditadura Cubana. Fato é que o PSOL já manifestou apoio a Maduro, cujo governo é alvo de vários protestos. 

O que não significa que Freixo tenha a mesma opinião.

Soou exagerado de Crivella. 

Da mesma forma, Freixo teve que dar explicações sobre declarações de uma corrente ligada ao PSOL sobre um texto em que coloca o ex-presidente de Israel, Shimon Peres que já ganhou o Prêmio Nobel da Paz, de crimes contra a humanidade.

Estamos cansados de campanhas onde só se fala para prejudicar o adversário e não se toca no ponto exato: nas propostas diretas para a população do Rio de Janeiro. 

A mídia também faz parte da série de ataques aos candidatos, mas isso é um assunto a parte. 

Há muito tempo não víamos uma campanha recheada de agressões e ataques. A última vez que vimos uma campanha assim foi nas eleições de 2000 entre o então Prefeito Luiz Paulo Conde e seu ex- padrinho político e que acabou se elegendo, César Maia.  

É ruim para os candidatos, é ruim para a cidade e engana se quem pensa que isso faz a pessoa mudar o seu voto. Muito pelo contrário. 

A pose republicana dos candidatos ficou de lado quando o interesse pelo voto fala mais alto.

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