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sábado, maio 4, 2024

Sexsência: A vagina não é isso tudo que dizem por aí

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A vagina não é tudo isso que dizem por aí

Você passou a infância ouvindo vários nomes sobre seu bem mais precioso, mas nenhum deles é o correto, sabia?
Passou a adolescência achando que a sua vida sexual se resumia àquilo que você tem entre as pernas e ficou extremamente decepcionada quando descobriu que sentia mais prazer em outras partes do seu corpo. É, eu sei o que você sente.
Calma, não precisa passar sua fase adulta sob a escuridão do desconhecimento e vai finalmente parar de se achar estranha porque sua vagina não é tudo isso que dizem por aí.
Ah… Mais uma coisinha: o ponto G não existe! Nem o orgasmo vaginal! Bolou? Leia o texto.

Amadinho e amadinha. O texto de hoje é para os dois. Para que você mulher se conheça e para que você homem saiba por onde começar e não vá falando que tudo o que vê é vagina. Olha o mico, hein.
Em primeiro lugar vagina não é tudo, é apenas um dos brinquedinhos desse vasto parque de diversões do prazer que é o corpo de uma mulher. E ela também não é de um único jeito “photoshopizada” de ser. Aliás, quando a mulher se olha no espelho e você homem se depara cara a cara com a beldade que pensa que é a vagina, na verdade o que vocês enxergam é o púbis ou monte vênus, os grandes e pequenos lábios e, quando eles estão abertos, você vê a uretra, a glande do clitóris acompanhada de seu prepúcio e a entrada do canal vaginal, e todos esses órgãos constituem a vulva. Ah… E ainda tem o períneo que fica na base do púbis… É aquele espacinho entre os lábios e o ânus. Ou seja, a vagina mesmo nenhum de vocês visualiza, apenas sente quando coloca o dedo ou o pênis, mesmo porque ela é um órgão interno que vai da vulva até o útero. Segue uma foto aí:

Fonte da imagem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Esquema_da_vulva.jpg (Direitos autorais: marcadas para utilização não comercial)

E sim, a vulva tem vários formatos e tamanhos, nenhum é melhor que o outro e, portanto, não se sinta uma extraterrestre porque a sua não é igual a da mocinha da Playboy.
Elas podem ser mais fechadinhas quando os grandes lábios a fecham por completo, ou as chamadas borboletas quando os pequenos lábios são maiores e saltam pra fora, ainda há aquelas que tem clitóris hipertrofiado e são eles que ressaltam para fora, tem o “capô de fusca” quando o monte vênus é mais cheinho e rouba toda a atenção e, tem também a no formato de ferradura, quando a abertura entre os grandes lábios é mais larga no topo e mais fechada na parte debaixo. Bem… Se há algum formato diferente desses me diga você pelo sexsencia@gmail.com.

Fonte da imagem:

https://vi.m.wikipedia.org/wiki/Tập_tin:Ausprägung_der_Labia_Minora.jpeg

(Direitos autorais: marcada para utilização não comercial)

E você que se identificou com algum desses formatos pode parar de se preocupar se sua vulva é normal ou não, simplesmente porque é, não importando o tamanho ou o formato dela, desde que isso não te deixe insegura no sexo ou baixe sua autoestima, neste caso me procure que fazermos uma sessão de coach.

Há casos em que os pequenos lábios são exageradamente grandes podendo ser alvos de fissuras e machucadinhos devido à fricção com a calcinha ou na hora do ato sexual, aí sim, neste caso, como afeta a sua saúde, você pode sim fazer uma cirurgia reparadora chamada ninfoplastia ou labioplastia, mas para isso, certifique-se com seu ginecologista se é realmente necessário. Não vai sair por aí arrancando seus pequenos lábios só por estética não, mesmo porque pense: quanto maior a área de contato, maior é o prazer.
Mudando de assunto… Venho agora derrubar dois grandes mitos sexuais: o ponto G e o orgasmo vaginal. Ambos não existem.

O médico William Marster e a psicóloga Virginia Johnson formaram a dupla dinâmica de investigação da fisiologia do ato sexual, na década de 1950, quando determinaram a estrutura do clitóris que rodeia a entrada do canal da vagina. Ou seja, o orgasmo que você sente com a penetração não é o vaginal e sim o clitoriano, logo, o ponto G que o povo diz que fica localizado na parte do canal vaginal, próximo à entrada, é na verdade nada! Risos. Quando você toca nesse ponto, na verdade está estimulando o clitóris.

Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%ADtoris

(Direitos autorais: marcada para utilização não comercial)

A urologista australiana Doutora Helen O´Connell, notou que existe uma relação direta entre as raízes do clitóris e o tecido erétil do bulbo clitorial e corpo, e distais da uretra e vagina. Sendo assim, ela afirma que esta relação de interligação é a explicação fisiológica para o ponto G.

Ainda não está convencida, pois não?! Bem… Pense comigo, se o canal vaginal fosse ricamente enervado como é o clitóris, justo para proporcionar muito prazer, na hora da passagem do bebê no parto, a mulher iria morrer de dor, não acha? A natureza é mesmo perfeita e o cara lá de cima planejou tudo direitinho. Clitóris para o prazer, vagina inerte e não muito sensível para a penetração e procriação. E o que seria da vagina, durante a penetração se não fosse o clitóris? Você simplesmente iria rejeitá-la de todas as formas porque não sentiria nenhum prazer.

Provei?!

Então me diga pelo sexsencia@gmail.com.
Eu fico por aqui, gratidão por me ler e no texto que vem eu vou falar sobre o Natal.
Não esqueça de me seguir no Youtube (Sexsência), no Facebook (www.fb.com/senciasex) e no Instagram (@sexsencia).
Kisses e até a próxima semana

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