Cerca de 31 mil residências e comércios ainda estão sem luz desde a tempestade do último sábado (18) que atingiu a região metropolitana do Rio. Esta quarta-feira (22) é o 5º dia sem energia para esses clientes da Enel e da Light.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou, nesta terça-feira (21), uma ação civil pública com tutela de urgência para que a Enel restabeleça, imediatamente, a luz de todos os moradores de Niterói, sob pena de multa de R$ 50 mil por cada consumidor lesado.
Na segunda-feira, moradores de São Gonçalo, na região metropolitana, já haviam feito protestos em diversos bairros da cidade, inclusive em rodovias como a RJ-104, a RJ-106 e a BR-101. A prefeitura entrou com uma ação na Justiça contra a concessionária.
Em Maricá, também houve protestos na RJ-106. Em Niterói, cidade vizinha, a Procuradoria do Município também recorreu à Justiça na segunda-feira para restabelecimento de energia nas 31 mil residências que ainda estavam sem energia.
Por meio de nota, a Enel informou que se solidariza com cada um de seus clientes que ficaram sem energia nos últimos dias e pede desculpas pelos transtornos causados após as fortes chuvas e ventos registrados na noite de sábado (18/11).
Em Niterói e São Gonçalo, cidades mais atingidas de acordo com a concessionária, houve um reforço de equipes para tentar acelerar a normalização do fornecimento nos imóveis restantes.
Alerj cobra explicações da Light e Enel sobre falta de energia no Estado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) dos Serviços Delegados e das Agências Reguladoras vai realizar, na próxima terça-feira (28) audiência pública em que serão convocados os presidentes das empresas Enel e Light para prestarem esclarecimentos sobre a falta de energia em diversos pontos do estado durante os últimos dias. A medida foi anunciada em plenário pelo presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (PL), e decidida em comum acordo durante reunião do Colégio de Líderes da Casa.
“Seremos implacáveis na cobrança de um bom serviço que as concessionárias têm que prestar para a população. É inaceitável o que vem ocorrendo em todo o Estado do Rio de Janeiro”, disse o presidente Rodrigo Bacellar.