sábado, maio 18, 2024

Wagner de Assis, Isabel Filardis e filme de Chico Diaz se destacam no Festival de Vassouras

EspecialFestival de Cinema de Vassouras 2023Wagner de Assis, Isabel Filardis e filme de Chico Diaz se destacam no Festival de Vassouras

Centenas de pessoas prestigiam festival no Vale do Café

O Festival de Cinema de Vassouras segue trazendo bons filmes e atrações para a cidade e para quem a visita. Nas manhãs, sessões de curtas metragens tem levado centenas de estudantes das redes pública e privada de Vassouras para assistirem os filmes.

Na segunda-feira, ainda comemorando o dia do cinema nacional, houve a exibição do longa metragem Terra Querida, do diretor piauiense Franklin Pires, contando a história de uma família que lutava para não perder sua casa na conhecida Batalha do Jenipapo.

Na terça-feira esteve presente o cineasta Emílio Domingos. Autor do premiado “A Batalha do Passinho”, de 2012, ele falou sobre sua trajetória e seus mais recentes projetos no audiovisual.

Emílio Domingos/ Foto Leonardo Oliveira Brito

Para Emílio, uma de suas maiores alegrias é ver que seus trabalhos ajudam a mudar a vida das pessoas.

“Para mim, uma das coisas mais importantes e mais incríveis é ver que nosso trabalho ajuda a modificar a vida de alguém. Claro, que eles tem o dom e o talento e sim, sei que já vi meninos que ficaram numa situação em que tiveram que escolher um lado, mas sei o quanto o meu trabalho possibilitou ver pessoas mudando de vida. Meninos hoje estão atuando como influenciadores, trabalhando e seguindo suas vidas.”, contou o cineasta.

Ainda na terça-feira, esteve presente a diretora de televisão Cininha de Paula. Ela falou sobre o momento do audiovisual e comentou para a reportagem como vê o festival dentro do cenário artístico.


“Um festival como esse também revela novos talentos, mostra como a cultura pode e deve ser diversificada com os recursos não mais sendo centralizados só para uma região. Torna tudo mais acessível, para um novo nicho de pessoas como no interior. É muito importante.”, concluiu.

Ainda na tarde foi exibido o curta metragem “As três vidas de Frieda Wolff”, contando a história da judia que fugiu no nazismo em 1934 e se estabeleceu no Brasil.

A noite, o documentário sobre a vida e carreira de Maria Bethânia. Uma das maiores artistas de todos os tempos tem sua história contada no documentário “Maria Bethânia, ninguém sabe quem eu sou”.

Documentário de Maria Bethânia


Na quarta-feira a tarde houve uma conversa com o diretor dos filmes Nosso Lar e Ninguém é de Ninguém, Wagner de Assis e o ator Renato Prieto.


Renato Prieto e Wagner de Assis

Questionado sobre o fato do Brasil ser celeiro de filmes religiosos e se há uma disputa de espaços, Wagner afirmou que tem espaço para todo mundo


“O Brasil é muito diverso. Acredito e quero que tenha espaço para todo mundo. Tanto para filmes como o meu, como para filmes católicos, filmes como o do Edir Macedo. Se eu quero que tenha espaço para os meus filmes, não posso ser contra os de outras religiões, que não a minha”

A tarde, houve uma conversa com a atriz Isabel Filardis. Ela, que faz parte do júri oficial do festival, falou sobre sua carreira e sobre o atual momento do audiovisual.

Isabel Filardis

“O momento é outro. Não é o mesmo de quando há trinta anos eu estreei na TV Globo. Trabalhei em outros lugares mas vejo esse momento como rico no sentido de poder ter mais possibilidades de fazer o que quero e o que gosto em outros lugares. “

Sobre a sua volta a Globo ela disse que a emissora hoje é muito diferente de antes
“Vejo e com muito orgulho a presença cada vez maior de pessoas negras na televisão e em cargos grandes, sendo protagonistas. Me emociona. Quando comecei lá em 1992, eram quatro no máximo. Hoje me sinto muito feliz e realizada”

Movimentando milhares de pessoas diariamente no Centro de Convenções Severino Sombra, o último filme da noite foi do diretor Halder Gomes. “Vermelho Monet” é protagonizado pelo experiente Chico Diaz e pela atriz Maria Fernanda Cândido. O longa se passa em Lisboa e conta a história de Johannes Van Almeida que é um pintor de mulheres sem aceitação no mercado; obsoleto. Com a visão deteriorada e à beira de um colapso nervoso, encontra em Florence Lizz – uma famosa atriz em crise e insegura na preparação para o seu filme mais desafiador – a inspiração para realizar sua obra prima. Antoinette Lefèvre é uma influente marchand/connoisseur de arte que fareja o valor de obras de arte quando histórias de inspiração viram obsessão entre pintores e modelos.

O Festival de Cinema de Vassouras acontece no Vale do Café, no interior do Estado do Rio de Janeiro até o próximo sábado, 24 de junho.

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