O Festival de Cinema de Vassouras, no Vale do Café, região sul do estado do Rio de Janeiro segue a todo vapor. Sessões de filmes aconteceram no último final de semana além de atividades que envolvem toda a cidade.
No sábado esteve presente a secretária estadual de cultura do Rio de Janeiro, Danielle Barros. Ela afirmou que eventos como esse permitem a democratização do acesso a cultura, permite e garante espaço para produções de todo o estado e contou que sua ideia é cada vez mais descentralizar os recursos culturais para serem distribuídos de melhor forma em todo o estado.
“Nosso fundo de cultura cumpre um rigor de cota que busca atender a todos os municípios de forma mais igualitária. Hoje as pessoas não precisam sair de suas cidades e ir para o Rio para produzir. Os fundos mal saíam da cidade do Rio e hoje cada região tem sua cota e cada projeto disputa com outros de sua região. “, afirmou a secretária
Investimento em todo o estado
Outra questão muito importante foi a aplicação da Lei Paulo Gustavo. Danielle contou que R$ 138 milhões de reais serão investidos no estado com a promoção e produção de festivais de cultura, com fundos do estado para promover cinemas itinerantes.
“Temos a chance desse festival ano que vem acontecer com recursos dessa lei. Teremos festivais em dez regiões do Rio, inclusive a região metropolitana onde Niterói, Maricá, São Gonçalo e outros fazem parte. Vamos cada vez mais fomentar e potencializar a cultura e isso não só no cinema, como também no teatro e nas artes no geral. “, concluiu a secretária.
Sessões de curtas e longas metragens para todos os públicos encantaram o público.
Na noite de sábado foi exibido o filme Capitão Astúcia, com a participação da atriz Nívea Maria. Para ela, foi importante se reinventar em seu segundo filme.
“Busco fazer coisas diferentes sempre. A arte deixa a nossa sensibilidade mais aflorada para tudo que surge no caminho.”
Na noite de domingo, o filme exibido foi “Armário Mágico”, com o ator Charles Paraventi. O filme conta a história de dois amigos improváveis: um velho e solitário imigrante polaco, Zygmunt, e um menino judeu chamado Milo. Desde que foi deixado para trás por seus pais, o menino está sob a guarda de Zygmunt, escondido no sótão de uma velha casa em um pequeno vilarejo no sul do Brasil, esperando pacientemente a volta deles.
Lá fora, dias sombrios assolam o mundo durante a Segunda Guerra Mundial e os moradores alemães decidem colocar em prática um hediondo plano de expulsar violentamente todos os judeus do local.
Além dos filmes, uma exposição de carros antigos também agitou a cidade. Carros de várias marcas, modelos e anos estiveram expostos na praça principal da cidade recebendo visitantes e a população local.
Nesta segunda, dia do cinema nacional, um debate com o cineasta Cavi Borges aconteceu no Centro de Convenções Severino Sombra.
O cineasta teve alguns filmes de sua carreira exibidos no festival, por conta da parceria com o Museu da Imagem e do Som.
Para ele, é importante demais ressaltar o cinema brasileiro e o fato de Vassouras receber um festival de tamanha importância.
“O dia do cinema brasileiro é muito importante. As pessoas precisam conhecer mais e melhor do nosso cinema, esse fomentador de cultura do nosso país e do povo brasileiro. É ali que as pessoas se reconhecem. Nada contra os filmes Blockbusters americanos mas precisamos valorizar o nosso.
Mais, ainda mais numa cidade como Vassouras, um festival desse tamanho é importante demais. Que cada vez mais pessoas venham assistir e que tenhamos festivais como esse em todo canto”, concluiu o cineasta.
O Festival de Cinema de Vassouras acontece até o próximo domingo, dia 24 de junho na região do Vale do Café e é idealizado e realizado pelos cineastas Bruno Saglia e Jane Saglia.
