O Museu da Imagem e do Som de Copacabana deve enfim abrir sua parte de acervos até julho de 2024. É o que afirmou o presidente da fundação, Cesar Miranda, durante o Festival de Cinema de Vassouras.
César ainda disse que a edificação deve ficar pronta até o final de 2023, ressaltando que a sede de Copacabana terá a parte digital do acervo enquanto que a sede da Lapa, que é aberta, continua sendo a de acervo físico.
César participou no segundo dia do Festival de Cinema de Vassouras no centro de convenções Severino Sombra, dentro da Universidade.
O Presidente do MIS ressaltou seu trabalho a frente da instituição com a recuperação dos acervos, citando que vários depoimentos foram recuperados, sendo ao todo 1186 guardados, inclusive online.
“Criamos um sistema online, até mesmo por conta da pandemia onde as pessoas falam sobre suas vidas e carreiras. Todo esse material passa por um crivo também. Hoje temos uma maior qualidade para que futuramente qualquer pesquisador venha usar o museu” afirmou.
Grandes produtores de audiovisual procuram o Museu para consultar materiais e depoimentos, segundo Cesar.
“Grandes produções foram tiveram a contribuição da pesquisa feita aqui. Um documentário dos 100 anos do rádio, outro sobre a Nara Leão, depoimentos de Dercy Gonçalves, além de acervos fotógrafos como o de Augusto Malta sobre as transformações da cidade do Rio de Janeiro no governo Pereira Passos e muito mais, nosso acervo é riquíssimo “
Dança, fotografia, teatro, rádio, uma verdadeira enciclopédia do audiovisual e agora também cinema. E com o festival, uma nova parte da cultura registrada no museu.
“Hoje estamos acompanhando os festivais. O que aconteceu desde o começo aqui já é acervo. Temos que nos colocar nos festivais e nos movimentos culturais para ressaltar o passado e o presente.”, afirmou.
Outra preocupação, além do passado é o pensamento no futuro.
“A importância do MIS em ser uma fonte confiável de informação audiovisual para pesquisas gera produções que fomentam e transformam a cultura “, concluiu.
Suspensas há cinco anos por falta de recursos do governo, as obras do museu custaram mais de R$ 200 milhões. O empreendimento é uma parceria do governo com a Fundação Roberto Marinho.
O prédio é inspirado nas curvas do calçadão de Copacabana e a expectativa é que o museu seja mais um ponto turístico na cidade.
O Festival de Cinema de Vassouras acontece na cidade até o próximo domingo, 24 de junho.