terça-feira, maio 7, 2024

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Os áudios do WhatsApp

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Outro dia em uma atividade de trabalho, fui perguntado por um colega se tinha ouvido o áudio dele, enviado horas antes do início do expediente. Fui sincero: não, não tinha ouvido sua gravação enviada para o meu WhatsApp.


Dado o impasse, pedi a ele que me explicasse o que precisava e como poderia ajudá-lo. Foi surpresa quando descobri que os mais de 3 minutos de áudio eram, na verdade, uma pergunta simples sobre um determinado assunto. Coisa de quem ao formular a pergunta já sabe mais ou menos a resposta, mas na dúvida precisa ter certeza se é isso mesmo que havia compreendido.


Tudo esclarecido. Tudo resolvido. Segue a vida.
Mas aí eu pergunto: alguém ouve áudios de mais de dois minutos de duração no WhatsApp?
E ao ouvir, não é tentado a colocar na velocidade 2X?
E ao ouvir tudo, depois compreende qual é o busílis?
Duvido.


Nasci e fui criado no subúrbio do Rio de Janeiro, onde a comunicação entre as pessoas distantes era feita de telefone público – tinha que comprar fichas na quitanda e elas duravam pouco e eram caras –, ou se enviava um telegrama – onde se pagava por letra, e a gente precisava ser, por isso, conciso e econômico.


Talvez pela criação acima descrita (a gente sempre pode culpar os pais por tudo, não é mesmo?), talvez por ser professor, me agrada a ideia de concatenar os pensamentos através da escrita, do texto. Muito diferente, acredito, da gravação de um áudio – que sai assim de primeira, com intervalos longos de respiração e palavras soltas, roubando nosso tempo e demonstrando nítida falta de objetividade.
Isso sem contar naqueles áudios que são até curtos, mas vêm em sequência, tipo uns 5 de uma vez só. Não sei se os ouço todos novamente, ou escolho alguns para responder.


É isso. As pessoas continuarão enviando áudios para mim, não tem jeito. Preciso me adaptar. Mas eu continuarei a pedir, gentilmente, que escrevam.


Me ajude a te ajudar.

Por Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro

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