Sabemos que os celulares são ferramentas tecnológicas muito úteis no nosso dia a dia, mas ao mesmo também sabemos que são viciantes.
Utilizamos as telas para estudar, trabalhar, nos divertir, manter contato com outras pessoas, acompanhar as notícias, entre outras muitas atividades desempenhadas pelos dispositivos.
E é importante, no entanto, atentar-se aos riscos do uso excessivo do aparelho .
Estudos mostram que teclar é uma atividade perigosa para saúde musculoesquelética devido às posturas incorretas que a pessoa adota, além dos movimentos repetitivos, principalmente feitos com o dedo polegar.
O uso além da conta dos celulares, somado à esses movimentos repetitivos, pode provocar a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), o que além de desgastar em longo prazo tecidos que não tem aquela finalidade, provoca inflamação. Neste sentido, conforme a inflamação avança (e pode surgir com inchaço), há a probabilidade de pressionar os nervos que passam pelo túnel do carpo, desenvolvendo, assim, a Síndrome do Túnel do Carpo. Dentre os sintomas que ela pode causar, estão a dor, dormência e perda de sensibilidade dos dedos.
Segundo o médico Ortopedista, Drº Thiago Barros, no caso de pessoas com predisposição à tendinite, o surgimento de dor e limitação das funções ocorre com mais frequência. As regiões mais afetadas são as dos ombros, dos cotovelos e também dos punhos.
“Se nenhuma medida for tomada, o paciente pode desenvolver tendinopatia e avançar ainda mais o processo degenerativo. No pior dos casos, pode evoluir para osteoartrite.” Explica.
O especialista ainda dá dicas importantes para evitar as lesões:
- Fazer alongamentos frequentes;
- Utilizar as duas mãos para teclar no celular;
- Evitar deixar o pescoço muito baixo, porque isso sobrecarrega os ombros quando seguramos o dispositivo;
- Ficar de olho na postura e ao menor sinal de dor, consultar um especialista .
Dr. Thiago Felipe dos Santos Barros
Médico ortopedista especialista em mãos, graduado em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP, entre 2006 e 2011. Tem experiência em grandes hospitais como: Hospital 9 de julho, Santa Catarina e Samaritano
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