quarta-feira, maio 8, 2024

Mangueira, Tijuca e Grande Rio se destacam no primeiro dia do Especial

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Na primeira noite do desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro, duas escolas de destacaram: Mangueira, Unidos da Tijuca e Grande Rio. O Salgueiro também foi muito bem.

O Império Serrano foi a primeira escola a desfilar pelo grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro e mostrou que quer ficar e não cair.

O enredo sobre Arlindo Cruz impressionou pela grandiosidade que a escola mostrou que vinha e pelo que apresentou na avenida pode sonhar com sua permanência no especial. Ainda emocionou o fato do próprio Arlindo estar presente, vindo no último carro.

A Grande Rio mostrou que agora faz parte do rol das escolas que sempre vão brigar pelo título. O desfile contando a vida do ícone Zeca Pagodinho impressionou pela grandiosidade e pela beleza apresentada pela escola. Carros alegóricos representando a vida do artista, a boemia, assim como também as brincadeiras e do dia de Cosme e Damião também se destacaram. Problemas na evolução podem custar o título a escola, que num todo teve um saldo muito positivo.

Depois veio a Mocidade Independente de Padre Miguel. Padre Miguel propõe uma viagem ao Alto do Moura, bairro de Caruaru que respira a arte do barro de Mestre Vitalino — e de seus discípulos.

Com imensos problemas, especialmente financeiros, a escola estava longe dos seus grandes momentos e fez um desfile muito aquém da sua história, sendo classificada como a pior da noite de domingo.

A Unidos da Tijuca brilhou. É preciso dizer que a bateria do mestre Casagrande assim como sua rainha de bateria Lexa, se destacam a cada ano.

Fotos de Nicolas Barbosa/ Gazeta do Rio

A Tijuca fez um carnaval sobre as águas da Baía de Todos Santos, que banha Salvador. Com evolução muito boa, fantasias e alegorias bem feitas, a escola se credencia a brigar pelas primeiras posições

Salgueiro e sua torcida potente e apaixonada brilharam num enredo sobre sua cor em destaque no enredo Delírios de um Paraíso Vermelho, que fala sobre liberdade e imagina os tambores de sua bateria substituindo as trombetas do apocalipse na chegada de um paraíso sem culpa e moralismos. O desenvolvimento do tema fica a cargo do carnavalesco Edson Pereira, que preparou um desfile com referências religiosas, como a maçã de Adão e Eva, vermelha, e imagina um novo Éden, em êxtase, como uma interminável noite de carnaval. Nem todo mundo entendeu a proposta de Edson mas a escola passou muito bem, ainda que não necessariamente brigando pelo título.

Enquanto isso a Verde e Rosa veio para a Sapucaí com o enredo As Áfricas que a Bahia canta, tratando da ancestralidade negra na terra em que nasceu o samba, que, segundo a Mangueira, “foi morar onde o Rio é mais baiano”. Um desfile forte e emocionante em que apesar de não arrasar a Sapucaí atraindo gritos de campeão, fez bonito coroando o grande trabalho de Annik Salmon e Guilherme Estevão. Pode chegar nas campeãs sem problemas.

A Sapucaí estava lotada, finalmente o setor de imprensa bem organizado. Chamou a atenção a pista molhada em determinados setores, com água vindo de camarotes. No mais, um espetáculo grandioso que mostra que o carnaval é o maior espetáculo da terra e hoje tem mais.

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