“Avisa que o Banga voltou!”. Bastou o grito do cantor e compositor Rodrigo Maranhão para que a apresentação do Bloco Bangalafumenga pudesse ecoar alegria no palco montado no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo, 19/2. Mesmo com forte calor, o público não deixou de marcar presença e desde as primeiras horas do dia, coloriu as ruas do Flamengo.
“Foram dois anos de muita tristeza, muitas perdas. Mas estamos aqui por vocês e por esses músicos maravilhosos”, agradeceu Maranhão.
Com o tema “Brinco sem dinheiro, como é bom ser brasileiro”, o bloco enfileirou sucessos da MPB, como “Andar com fé” e “A novidade”, de Gilberto Gil; “Espumas ao vento”, de Fagner, além de uma bela homenagem à cantora Gal Costa na canção “Divino Maravilhoso”.
Um dos primeiros a chegarem ao Aterro para aproveitar a apresentação, o casal Luiz Carlos e Juliana Jansen considera o “Banga” (como é conhecido, carinhosamente, o cordão), o melhor bloco do Rio. A história dos dois com o bloco já tem mais de cinco anos.
“O Banga é o melhor bloco. Pela estrutura, por esse lugar lindo que é o Aterro, que agrega tanta gente”, declarou Juliana, que destacou o caráter democrático deste carnaval. “É um carnaval mais democrático, e de muito respeito. Quando todo mundo se respeita, a gente é mais feliz”.
O trio de amigas Joana, Renata e Isabel segue o Banga desde o seu primeiro desfile e sempre fica na fila do gargarejo, bem na frente da grade:
“O Banga é o melhor bloco do carnaval! Eu acordei quatro da manhã e saí de Maricá (Região dos Lagos) só por causa deles. Essa energia é inigualável”, disse Joana.
Quem quiser curtir a folia nas ruas da cidade este ano vai encontrar o maior esquema operacional já produzido até hoje para a grande festa. O público estimado de foliões nas ruas da cidade para este ano é de cinco milhões de pessoas. Haverá oito postos médicos fixos, dois a mais que em 2020. Destes, a metade com equipes da prefeitura e o restante de equipes privadas contratadas pela Dream Factory, empresa responsável, desde 2010, pela infraestrutura e pela produção do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Ao todo, serão dois postos médicos fixos no Centro; quatro na Zona Sul (incluindo novos pontos na Gávea e no Aterro); um na Barra; e um no Recreio.
Além dos postos médicos, o folião vai contar com 220 ambulâncias e 34 mil posições sanitárias, entre banheiros químicos e mictórios, posicionados por onde passarão os blocos, sendo 10% para pessoas com deficiência (PCDs). O número de operadores de trânsito mais do que dobrou, neste ano serão 3.250 agentes, em 2020 foram 1.500. E para ajudar na limpeza da cidade, a Comlurb vai disponibilizar a maior estrutura já utilizada pela companhia durante o carnaval, com 2550 garis, carros-pipa, equipamentos de higienização de urina, varredeiras de grande, pequeno e médio porte e mil contentores de 240 litros.