quinta-feira, maio 9, 2024

Terror do Holocausto é lembrado no Rio de Janeiro

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Espaço fica no topo do Morro do Pasmado, em Botafogo, tombado pelo Iphan e reconhecido pela Unesco

O Memorial foi aberto ao público no dia 19/1 apresentando relatos de sobreviventes desse episódio sombrio da evolução da humanidade. Ele foi construído no lugar de antigo mirante do pasmado, em Botafogo, conhecido pelos moradores do bairro, mas pouco visitado no geral. Para quem conheceu o antigo “residente” do local, o espanto com a obra feita para a construção do novo museu é ainda maior, pois do mirante restou apenas a estátua de Yitzhak Rabin (ex-primeiro ministro de Israel e ganhador do Nobel da Paz), que foi deslocada para a lateral do obelisco de 20 metros de altura, construído para relembrar os Dez Mandamentos, com destaque para o sexto: “Não matarás”.

A grandiosa estrutura é apenas o início de um passeio que mistura terror, emoção e revolta. Ao todo, três salas foram pensadas para que o visitante pudesse conhecer um pouco mais sobre o impacto da guerra. A primeira sala, iluminada e colorida, mostra fotos que retratam a vida antes do Holocausto. A segunda, imersa na escuridão e silêncio, retrata a vida durante o Holocausto, a intolerância e a perseguição, onde o visitante pode interagir com uma tela e ouvir histórias de sobreviventes. O último espaço traz a vida depois do Holocausto, com foco na capacidade humana de resiliência, e um mapa com o fluxo migratório dos povos perseguidos.

O Memorial do Holocausto foi construído no lugar de antigo mirante do pasmado, conhecido pelos moradores do bairro, mas pouco visitado no geral. Para quem conheceu o antigo “residente” do local, o espanto com a obra feita para a construção do novo museu é ainda maior, pois do mirante restou apenas a estátua de Yitzhak Rabin (ex-primeiro ministro de Israel e ganhador do Nobel da Paz), que foi deslocada para a lateral do obelisco de 20 metros de altura, construído para relembrar os Dez Mandamentos, com destaque para o sexto: “Não matarás”.

A grandiosa estrutura é apenas o início de um passeio que mistura terror, emoção e revolta. Ao todo, três salas foram pensadas para que o visitante pudesse conhecer um pouco mais sobre o impacto da guerra. A primeira sala, iluminada e colorida, mostra fotos que retratam a vida antes do Holocausto. A segunda, imersa na escuridão e silêncio, retrata a vida durante o Holocausto, a intolerância e a perseguição, onde o visitante pode interagir com uma tela e ouvir histórias de sobreviventes. O último espaço traz a vida depois do Holocausto, com foco na capacidade humana de resiliência, e um mapa com o fluxo migratório dos povos perseguidos.

Interrupções da inauguração

Embora emblemático, a inauguração do Memorial do Holocauto passou por problemas. O museu chegou a ser inaugurado em dezembro de 2020 pelo então prefeito Marcelo Crivella, mas por conta de uma ação do Ministério Público Federal (MPF), o local teve que ser lacrado. Na ocasião, o MPF alegou que a obra feria o tombamento (869-T-73) e a proteção cultural Unesco — o Corcovado, o Pão de Açúcar e a orla são sítio de paisagem cultural urbana da Unesco, sendo o Morro do Pasmado parte da Zona de Amortecimento.

Para quem não sabe, o Pasmado integra a Enseada de Botafogo, composta pelos morros Pão de Açúcar, Babilônia, Urca, Pasmado e Corcovado e, por este motivo, protegido em 1974 pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Este marco ocorreu 36 anos depois do mesmo instituto tombar (0099-T-38) os “morros do Distrito Federal“, enquanto o Rio ainda era capital do país.

Diário do Rio
Diário do Rio

Sobre janeiro

Janeiro foi escolhido por ser um mês emblemático para falar sobre o tema, pois assinala, anualmente, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (27/1). O propósito deste dia é não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelos Nazis e respetivos colaboracionistas. Este constitui um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória. Por outro lado, pretende-se educar para a tolerância e a paz, bem como alertar para o combate ao antissemitismo.

Esse local é de visita obrigatória de todos, pois a sociedade não pode esquecer o genocídio provocado pelo nazismo na Segunda Guerra Mundial.

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