O ex-craque também declarou que está torcendo para algum jogador da Seleção ser o artilheiro desta Copa do Mundo
Ídolo da Seleção Brasileira e do Botafogo, Jairzinho relembrou sua histórica participação na Copa de 70 e contou, detalhadamente, como aquela seleção revolucionou o futebol mundial através de sua preparação e da análise dos adversários.
Em entrevista ao http://sites-de-apostas.net, Jairzinho afirmou que o ‘Esquadrão’ de 1970, formado por ele, Pelé, Rivellino, Tostão e Gérson, foi a Seleção que mais encantou os brasileiros. Ele ainda exaltou a comissão técnica comandada por Zagallo e revelou que a preparação para aquela Copa do Mundo foi fundamental para a conquista do título.
“Aquela foi uma visão que a comissão técnica teve, comandada por Mário Lobo Zagallo. Ele elaborou uma forma de treinamento jamais aplicada no Brasil. Os treinamentos eram feitos de manhã e de tarde, algo que, até então, não acontecia no futebol brasileiro. Outro fator importante foi que antes se viajava por todo o Brasil, mas, naquela ocasião, ficamos localizados em um só lugar, algo que nos ajudou muito a nos relacionar melhor com nossos companheiros, com a comissão técnica e a conhecer o lado humano de cada um. Isso nos fortaleceu como equipe”, ele conta.
Nas palavras de Jairzinho, aquela Seleção foi pioneira em analisar os adversários por meio de vídeos, algo muito comum nos dias atuais. Segundo ele, isso chamou a atenção de diversos treinadores de todo o mundo, que passaram a observar como o futebol brasileiro estava preparando seus jogadores: “nós estudávamos o comportamento de todos os possíveis adversários através dos ‘tapes’, do vídeos, algo que também não existia. Fomos pioneiros nisso! Ao ir para as partidas, nós já sabíamos quais eram os pontos fortes e fracos dos nossos adversários. Temos que parabenizar o Zagallo por tudo isso”, concluiu.
Naquela Copa, o Brasil venceu o Uruguai na semifinal. Ao ser questionado sobre uma oportunidade de ‘vingança’ pela Copa de 1950, Jairzinho reconheceu que era o momento da revanche, mas que o elenco não carregava esse peso: “na época eu tinha seis anos de idade, eu nem sabia o que estava acontecendo na civilização brasileira, eu não tinha essa visão e nem essa estrutura. Mesmo assim, para nós, foi de fato uma oportunidade revanchista de devolver para eles o que eles fizeram em 1950, mas não tinha mais aquela pressão, pois o Brasil já era o grande candidato a conquistar aquela Copa do Mundo em 1970”.
Jairzinho também apontou as diferenças entre os times de 1970 e o de 2022. Ele explica que todos já jogavam juntos há muito tempo, além da preparação ter sido muito melhor do que nos dias atuais. Para ele, antigamente não existiam dúvidas sobre a escalação, ao contrário do time de hoje. “Se eu te pergunto quem são os 11 titulares, você não sabe responder, pois existem variações de acordo com o adversário”, afirma o ex-craque.
Por fim, o artilheiro da Copa de 70, que é único jogador na história das Copas a marcar gols em todas as partidas, ainda revelou que está torcendo para que algum jogador brasileiro seja artilheiro no Catar.
“Espero que algum dos atacantes do Brasil possa ser o artilheiro da competição. Se isso acontecer, com certeza ajudará a Seleção a chegar na final. Vencer a final não é algo fácil, mas é fruto de preparação, entrosamento e concentração dentro dos jogos. Não só eu, mas todos os brasileiros desejam que o Brasil volte a estrelar como o melhor futebol do mundo, e recupere a taça que já está longe de nós por muito tempo”, ele completou.
A Seleção Brasileira venceu a Suíça por 1-0 nesta segunda-feira (28) e garantiu classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo.
