quarta-feira, maio 8, 2024

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Técnico de projeto de futebol de Nilópolis investe no social para descobrir talentos

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Paizão de Nilópolis

Os atletas do projeto Life Star Talentos, voltado para a descoberta e oportunidade no esporte localizado em Nilópolis, contam uma figura especial. Trata-se de Nelson de Souza, 55 anos, mais conhecido como técnico Nelsinho. Desde o início do projeto, é ele que escolhe nas peneiras, treina, prepara, conversa e, sobretudo, abraça cada menino.


E o amor pelo futebol vem de longe. Com 16 anos jogou no Pavunense, depois no Menezes, no Tomazinho e no Mesquita. Morador da Favela do Dique, em São João de Meriti, ele recorda do momento em que decidiu fazer algo pelas crianças e adolescentes da Baixada Fluminense.
“Eu estava sentado na favela olhando as crianças que assistiam a uma cena horrível: urubus comendo o corpo em decomposição de uma pessoa. Olhei em volta e percebi que não tinha futebol, não tinha nada para aquelas crianças e pensei: ‘tenho que tirar essas crianças desse lugar, mostrar que existem oportunidades a espera delas’


A partir daí, ele criou um grupo na comunidade e levava as crianças para passeios, para peladas. Foi quando surgiram os primeiros convites para participar de projetos dando aulas de futebol.
“O esporte, no caso o futebol que é com o que trabalho, tem sido uma chance para muitos meninos se tornarem profissionais. E de outros aprenderem disciplina, companheirismo, ética que os levam a trilhar caminhos bem-sucedidos na vida profissional”, ressalta.


Desde o início no Life Star Talentos, Nelsinho garante ter orgulho de fazer parte do projeto.
“Hoje eu trabalho num projeto muito bom que, além de educar, ajuda muitos jovens. Um projeto gratuito, com professor de Educação Física, o Naninha, fora as pessoas do suporte como o De Menor, o Bozó, o Cosme e o Anderson. Aqui trabalhamos o futebol e o social”.


A cobrança não é apenas em campo, mas se estão indo à escola, como estão as notas e o comportamento. E os atletas seguem à risca. Nelsinho é mais que um técnico. É um paizão.
“Alguns serão jogadores, outros professores, advogados, empreendedores, então procuro conversar, orientar, para que aproveitem as oportunidades e procurem sempre fazer as escolhas certas para se tornarem do bem. Esse é o meu maior salário. Não tem preço”, conclui.
O projeto funciona de segunda a sexta, manhã e tarde na Vila Olímpica de Nilópolis.

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