Especialista fala sobre importância da educação financeira para ter paz nas finanças
De acordo com pesquisas recentes da Serasa, mais de 67 milhões de brasileiros estão endividados. Desses, aproximadamente 30 milhões estão superendividados. Existem dois perfis de superendividados: o ativo e o passivo. O primeiro é aquele consumidor que consome além das possibilidades de seu orçamento. Já no segundo caso, seu endividamento excessivo costuma acontecer por imprevistos da vida, como desemprego, redução de salários, separação, doenças, nascimento de filhos, entre outros.
Não é preciso estar com o “nome sujo” para ser considerado um superendividado. Na verdade, muitos que se encontram nessa situação são bons pagadores, mesmo possuindo sua renda mensal quase ou totalmente comprometida. Isso porque pedem empréstimos e usufruem de outras linhas de créditos para não ficar inadimplentes.
Mais do que um descontrole financeiro, o superendividamento é um problema do sistema bancário e de crédito. Um cenário que combina oferta de crédito com juros altos, publicidade abusiva, ausência de educação financeira e de políticas públicas efetivas.
João Paulo Pires, especialista em Finanças para Profissionais de Alta Performance, considera duas alternativas para reduzir o superendividamento no Brasil. A primeira é a promoção de educação financeira.
“Essa iniciativa pode gerar a conscientização da população sobre suas economias para, assim, poder gerir da melhor forma suas vidas financeiras. Na maioria das vezes, a pessoa sabe quando ganha, mas não sabe quanto gasta”, explica.
Conhecer a renda familiar, os gastos essenciais e despesas extras são fundamentais para identificar onde é possível cortar gastos. Procurar ajuda é essencial. Com mais de 7 anos de experiência na área de finanças e mais de 10 na área comercial, João Paulo foi eleito como profissional membro do MDR (Million Dollar Round Table), seleto grupo de melhores profissionais de seguro e investimentos do mundo. Criador a mentoria Premium Peer to Peer e do método FRP (Fique Rico Poupando) que já transformou mais de 500 familias no Brasil, ele acredita ser possível sim sair de um superendividamento.
“Com a ajuda certa é possível compreender o cenário financeiro em que se encontra e, assim, enxergar a melhor forma para sair da bola de neve das dívidas. Aprender a acompanhar o que sai da conta e quando é a hora de parar, fazer acordos vantajosos sem aumentar o parcelamento das dívidas e, sobretudo, a ter saúde financeira”.
E, falando em saúde, João tem orientado muitos médicos a ter essa saúde nas finanças. Embora sejam profissionais considerados dos mais bem pagos, muitos enfrentam cotidianamente o malabarismo financeiro.
“Isso é mais comum do que parece.
Por falta de direcionamento e um planejamento financeiro, muitos médicos trabalham apenas para pagar boletos. Estamos ajudando muitos a mudar essa história”, conclui.
