sexta-feira, maio 17, 2024

Projeto faz alerta em mês que se celebra dia internacional do lixo eletrônico

COLUNA RIO +GeralProjeto faz alerta em mês que se celebra dia internacional do lixo eletrônico

Conscientização X contaminação

Nesse mês de outubro, se comemora, pela quarta vez, o Dia Internacional do Lixo Eletrônico + dia 14). A data foi organizada pelo WEEE.Forum, uma instituição europeia, sem fins lucrativos, que é o maior centro mundial referente à gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos.


Todo ano produzimos mundialmente 50 milhões de toneladas anuais de lixo eletrônico e essa taxa cresce de 3ª a 4% ao ano, sendo que apenas 20% são reciclados e recebem uma destinação ambientalmente sustentável. Seguindo essa previsão, até 2025 produziremos cerca de 60 milhões de toneladas por ano.


A proposta do 14 de outubro é conscientizar os cidadãos sobre a importância de fazer uma limpeza das suas casas e juntar todos os eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis para que sejam levadas até Pontos de Entrega Voluntárias (PEVs) para serem recicladas, estimulando a economia circular.


“Também é preciso falar com as empresas e empreendedores sobre como a logística reversa pode trazer benefícios não só para o planeta como também para a economia”, explica Raphael Bastos, CEO da E.miner, um projeto criado para gerenciar resíduos eletrônicos.


Se em todo o mundo a produção é grande, a parcela do Brasil é significativa. Estima-se que são gerados anualmente 2 milhões de toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos. Se não for tratado adequadamente, essa categoria de resíduos pode causar impactos negativos ao meio ambiente em razão do potencial de contaminação.


“De acordo com a ONU, a margem de lixo eletrônico que é descartado corretamente na América Latina é uma quantidade mínima. 3% é realmente um valor muito baixo. Imagine se você recebesse apenas 3% do seu salário? Ou se essa porcentagem representasse a quantidade do tempo que você pode aproveitar no seu dia? Tendo em mente o impacto que o descarte equivocado gera na natureza e até mesmo na saúde das pessoas, é necessário que essa situação seja tratada com urgência e seriedade. Nossa preocupação com o meio ambiente é tanta, que estamos dispostos a pagar para que o resíduo seja descartado da maneira devida”, ressalta Raphael.
Esse pagamento pelo lixo é feito junto aos recicladores, empresas e cooperativas. Em breve, também terão dois tipos de ecopontos: de entrega voluntária e de compra garantida, onde a pessoa é remunerada na hora pelo resíduo ou lixo eletrônico.


“A compra é feita nos recicladores, lojas que consertam: celulares; TV, computadores, e demais produtos eletroeletrônicos. Compramos também de empresas em geral. Recebemos doações e convertemos em Mix da Prodal, que é o Banco de Alimentos Ceasa Minas. Em homenagem ao Dia Internacional do Lixo Eletrônico, no dia 15 de outubro, daremos 1 prato de comida para cada kg de material recebido”, explica Paulo Sérgio do Vale, um dos idealizadores do projeto.

O projeto da E.miner começou no Brasil em maio do ano passado, no Rio de Janeiro e em junho inaugurada operação em Belo Horizonte, Minas Gerais, numa visão nacional e, agora, avança mundo afora. Um ano depois, o projeto inaugurou em maio de 2022, filial no Paraguai. A proposta é levar conscientização sobre o impacto negativo do descarte incorreto.

“Nosso progresso não pode parar. É por isso que, em breve, realizaremos o 1° Encontro de Recicladores do Brasil. Pequenos recicladores são grandes empreendedores e isso é a prova do impacto gerado na sociedade. A logística reversa é a solução socioambiental que nossa geração precisa. Vamos em busca de soluções ainda mais efetivas para fortalecer o progresso geral”, conclui Paulo Sérgio

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