segunda-feira, maio 20, 2024

Artigo: Oportunidades de emprego e redes sociais

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Tenho organizado ciclos de palestras ao longo dos últimos anos no ensino superior. O objetivo dessa ação é trazer pessoas que são referência no mercado de trabalho e que possam mostrar quais são os caminhos para se conseguir emprego, estágio ou até mesmo abrir um negócio por conta própria.


Uma das conclusões – quase unânime entre os palestrantes –, é de que é mais fácil contratar alguém com capacidade de aprender do que com deficiência de caráter.


Isso não é pouco. Significa dizer que empresas que oferecem oportunidades de emprego estão dispostas a treinar pessoas, mas são, cada vez mais, pouco tolerantes ao comportamento inadequado de seus colaboradores.


Não poderia ser diferente: enquanto habilidades técnicas, conhecimento e experiência andam juntos ao longo da trajetória profissional, questões que envolvem relacionamentos, trabalho em grupo e trocas de experiências são fundamentais para um ambiente saudável, criativo e onde as pessoas se sintam à vontade para se dedicarem naquilo que podem contribuir mais nesses espaços.


E se antes a gente apresentava o currículo, hoje a gente mostra as redes sociais que navega.
Sim, as empresas se preocupam quem os colaboradores seguem, quais tipos de fotos são postadas e quais comentários são escritos. Muito do que você faz no ambiente virtual traz impacto no ambiente real. Todo mundo já sabe disso.
Talvez a diferença que eu sinta de forma mais abissal entre minha geração e a dos mais jovens é a necessidade de circular pelas redes sociais. Elas vieram quando eu já estava no mercado de trabalho, e precisei me adaptar. As redes sociais estão para o pessoal mais jovem assim como a televisão estava para a minha. Elas já funcionavam e se expandiam quando eles começaram a acessá-las. Muita conectividade e um ambiente onde a distância é proporcional a agressividade. Parece até o jogo de tênis: porque tem a rede e os jogadores não se tocam, a força está na raquete que toca na bola.


Concluindo: se você procura emprego ou estágio, é melhor verificar se suas atitudes nas redes sociais podem ser aprovadas por aquele parente que tem um amor danado por você, tipo sua avó.
Veja se aquilo que você curtiu e postou precisa ser explicado, e não foi bem o que você quis dizer, quando escreveu o que não deveria.


Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro
Coordenador do Curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Santa Úrsula

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