segunda-feira, maio 20, 2024

Vigilante anula sentença de crime que não cometeu

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Um vigilante que trabalhava no Tribunal de Justiça respondeu por 13 anos por um assalto à mão armada. Depois de todo esse tempo, ele foi preso e condenado a 6 anos e meio de prisão. Mas uma revisão criminal constatou que elementos do próprio processo comprovavam a inocência dele. E que toda a acusação se baseava em um reconhecimento, sem nenhuma outra prova.

Sidinei agora está livre, mas vai carregar por toda a vida as marcas dos seis meses no Complexo de Bangu.

“Foi uma coisa muito chata, complicada. Passei vários momentos difíceis lá. Chorei muito. Achava que isso não estava acontecendo comigo. Pensava nos meus filhos, na minha família, mas acreditava que Deus ia me dar a segunda chance, que eu ia conseguir provar minha inocência.”
Foram 14 anos para provar que era inocente. O pesadelo dele começou em abril de 2008.

“Meu nome ainda tá sujo, eu tenho medo de sair na rua, pedir emprego e as pessoas verem que eu já fui preso, ex-presidiário, até provar que eu sou inocente, é difícil.”

“O caso do Sidinei é mais uma hipótese de erro em reconhecimento, mais uma hipótese de condenação injusta, mais uma hipótese que merece a reflexão sobre o prisma da seletividade penal. Ou seja, sobre o viés racial”, fala Lúcia Helena Oliveira, coordenadora de Defesa Criminal da Defensoria do Rio.

Sidinei pretende pedir uma indenização ao estado pelo tempo perdido e quer transformar a dor em luta.

“Espero ter minha dignidade de volta, meu nome de volta.”

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