segunda-feira, maio 20, 2024

Polícia vai indiciar Giovanni Quintella por estupro de vulnerável

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A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti (DEAM-SJM) concluiu a investigação sobre a prisão do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra que estuprou uma paciente durante a cesariana.

Giovanni será indiciado por estupro de vulnerável. O inquérito foi enviado no final da tarde desta terça-feira (19).

Segundo o inquérito, o vídeo de 1 hora e 36 minutos e 20 segundos, gravado pelo telefone de uma enfermeira e que flagrou o estupro, está íntegro e sem edições;
O anestesista espera apenas 50 segundos após o marido da vítima e o pediatra saírem da sala de cirurgia;
O anestesista aplica um medicamento (provável sedação) por 7 vezes durante a ação;
análise do sêmen deu negativo (explica-se que não foi possível garantir a integridade da coleta);
laudo de medicamentos: cetamina e propofol;
19 pessoas ouvidas (autor, vítima, marido, corpo técnico/médico e policiais).
Outros casos estão sendo investigados em outro inquérito: a Polícia Civil investiga mais de 40 possíveis casos de estupro de pacientes de Giovanni Quintella.

Esse número representa o total de procedimentos cirúrgicos que contaram com a participação do anestesista. Apenas no Hospital da Mãe, em Mesquita, o médico participou de 44 cirurgias.

O Ministério Público não esperou o fim da investigação e denunciou Giovanni à Justiça, que o tornou réu. Ele foi filmado durante o parto no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense

O anestesista foi preso no dia 10 de julho depois que uma equipe de enfermeiras desconfiou do comportamento do médico durante os dois primeiros partos em que esteve presente e decidiu filmar o terceiro.

Foi então que a equipe decidiu colocar um celular escondido para gravar o terceiro procedimento. O celular, então, foi colocado dentro de um armário com o vidro escuro, de modo que não pudesse ser visto.

O conteúdo da gravação mostra Giovanni com o pênis na boca da mulher, que está sedada. A cena leva cerca de 10 minutos. É possível ver que, após o ato, o homem limpa o rosto da mulher e depois joga o material, que parece ser gaze, no lixo.

Giovanni foi levado na segunda (11) para o presídio de Benfica e passou por audiência de custódia na tarde de terça (12), que converteu a prisão do médico para preventiva. Ele já é réu por um caso de denúncia de erro médico no Hospital de Irajá.


O telefone do médico também foi apreendido, assim como uma gaze que a equipe do hospital recolheu no lixo e que pode ter material biológico do médico. Tudo passará por perícia, assim como os medicamentos coletados, já que existe a suspeita de que o médico dava mais anestésico que o necessário para as pacientes.

De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, além de médico anestesiologista, o nome de Giovanni aparece ligado a outras duas especialidades que cuidam da saúde da mulher: médico mastologista e ginecologista/obstetra

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