domingo, maio 19, 2024

Morre a jornalista Danuza Leão, aos 88 anos

COLUNA RIO +GenteMorre a jornalista Danuza Leão, aos 88 anos

Danuza Leão fez história como modelo e ditou comportamento em livro de etiquetas

A escritora, jornalista, modelo e atriz Danuza Leão morreu nesta quarta-feira (22 ) aos 88 anos.

Ela nasceu em Itaguaçu, no interior do Espírito Santo, no dia 26 de julho de 1933. Aos dez anos, ela e a família se mudaram para o Rio de Janeiro.

Danuza deu início a sua carreira como modelo na década de 50, quando se tornou uma das primeiras brasileiras a desfilar no exterior.


Ela acompanhou de perto o nascimento da Bossa Nova, já que era irmã da cantora Nara Leão. Era no apartamento delas em Copacabana, na Zona Sul do Rio, que aconteciam as reuniões dos grandes artistas da época.

Além de modelo, Danuza também foi jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de boutique, produtora de arte e promoter de boates no Rio.

Como atriz, ela participou, em 1967, do filme “Terra em Transe”, como a personagem Sílvia. A obra de Glauber Rocha é um dos maiores clássicos do movimento do Cinema Novo.

O sucesso como escritora veio com o livro de etiquetas sociais “Na Sala Com Danuza”, em 1992. O livro foi um dos mais vendidos daquele ano e virou um clássico dentre os manuais de etiqueta.

Em 2004, Danuza publicou uma nova edição de seu maior sucesso, “Na Sala Com Danuza 2”. Em seguida, ela escreveu o “Quase Tudo” (2005), um livro de memórias, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti; “Danuza Leão Fazendo as Malas” (2008), também ganhador do Prêmio Jabuti; “Danuza Leão de Malas Prontas” (2009) e “É Tudo Tão Simples” (2011).

Ainda no campo da escrita, Danuza também escreveu crônicas no “Jornal do Brasil”, na “Folha de S.Paulo” e em “O Globo”, sobre assuntos variados, que iam desde comportamento, relacionamento, família até dicas de etiqueta.

Em suas colunas, ela também causou revolta. Perguntou “qual graça tinha Nova York” quando até o seu porteiro podia viajar para lá. Disse ser contra a PEC das domésticas e também contra o movimento “MeToo”, no qual mulheres do cinema e TV se posicionaram contra assédios na indústria do entretenimento.

Danuza foi casada com o jornalista Samuel Wainer, fundador do jornal Última Hora

70 anos do jornal Ùltima Hora, que fez história na imprensa brasileira

com ele teve três filhos: Samuel Wainer Filho, jornalista que morreu em uma acidente de carro em 1984, a artista plástica Pinky Wainer e o empresário do ramo do cinema Bruno Wainer.

Após a separação com Wainer, a escritora ainda se casou outras duas vezes, com o cronista e compositor Antônio Maria e com o jornalista Renato Machado

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