segunda-feira, maio 20, 2024

No esporte, a técnica é o conforto do movimento

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Aprender a praticar um esporte é importante não apenas sob o ponto de vista da saúde, mas também da cultura.
Compreender que um gesto motor como o chute no futebol, o saque do vôlei ou a pernada do nado peito demoraram décadas para serem aprimorados em suas formas de execução. Isso é um bem cultural, algo imaterial que passa de geração para geração, e nos humaniza através dessas práticas corporais.

Assim, se as Olímpiadas de Inverno parecem estranhas para nós dos trópicos – veja o caso do curling que tem um disco e uma espécie de vassoura, mas parece um jogo de malha para nós –, assim deve ser quando os demais habitantes dos longínquos países do hemisfério norte assistem nosso vôlei de praia, ou o recém-criado beach tênis.
Os esportes nos aproximam porque têm uma linguagem universal, com regras estáveis e capazes de serem realizados de forma igual em qualquer lugar do planeta.

Assim, quando você colocar seu filho para praticar um esporte, ou quando você mesmo se dedicar a um, lembre-se que aquela atividade tem uma história, ídolos, praticantes ao redor do mundo, clubes…
Até o simples ato de correr que era tão comum na escola durante o recreio e nas aulas de educação física é hoje algo ensinado aos adultos, com seus gestos e técnicas. Sem falar na tecnologia desenvolvida que está disponível nas roupas, tênis e relógios de monitoramento de distâncias e calorias, por exemplo.

Cultura esportiva é algo que se adquire ao longo do tempo, e a técnica que a gente aprende é o conforto do movimento. Menos esforço, mais eficiência. Beleza na execução.

Que todo ser humano tenha o direito, o conhecimento e o tempo livre necessário para praticar seu esporte favorito.

Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro é Coordenador do Curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Santa Úrsula

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