segunda-feira, maio 6, 2024

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Cinco anos sem Fidel Castro

Tente imaginar um ditador que viveu até os 90 anos de idade, “governando” oficialmente por um período de 52 anos, mais de meio século de maldade, terrorismo, tortura, perseguição, corrupção, aplaudido por uma elite decadente e por políticos imorais, com tanta sede de sangue quanto o dito-cujo em questão, o comunista Fidel Castro, tinhoso supremo no Tártaro cubano.

Segundo Carlos Eire, professor de História e Estudos Religiosos da Universidade de Yale, Fidel converteu Cuba em uma colônia da União Soviética — terrível ditadura comunista genocida — e quase causou um holocausto nuclear; patrocinou o terrorismo; se aliou com muitos dos piores ditadores da terra; foi responsável por tantas execuções e desaparecimentos em Cuba que é difícil calcular um número preciso; não tolerou oposição alguma e construiu campos de concentração que lotou ao máximo, em um ritmo sem precedentes; aprovou e promoveu a prática da tortura e dos assassinatos extrajudiciais; obrigou ao exílio quase 20% de seus compatriotas, muitos dos quais morreram no mar, sem ser vistos ou contados, enquanto fugiam; perseguiu homossexuais e tentou erradicar as religiões; censurou todos os meios de expressão e comunicação; estabeleceu um sistema escolar fraudulento que doutrinou em vez de educar.

Diante de tudo isso, o leitor com senso de justiça vai se questionar sobre alguma condenação ao ditador, certo? Não houve nenhuma. Andava por aí, até na Europa foi, fazendo festa, sem nenhuma voz de prisão. A mesma sorte não teve Pinochet, ditador do Chile, que em viajem à Londres, foi preso por crimes contra a humanidade.

E a ONU? Alguma censura contra Fidel? Em 18 de abril de 2001 foi aprovada uma resolução CONVIDANDO o governo de Cuba a respeitar os direitos humanos em seu território. Fidel Castro fez pouco e ficou por isso mesmo. Surpresa maior? A resolução foi aprovada por apenas 22 dos 53 membros da Comissão. 20 membros se opuseram e dez se abstiveram. A frouxidão moral e falta de empatia — verdadeira — para com o próximo é implacável.

Fidel, com seu amigo assassino Che Guevara, tendo o pretexto de derrubar uma ditadura em Cuba, criou uma própria, para chamar de sua. Em 1959 ocorria a chamada Revolução Cubana. Em abril do mesmo ano, Fidel Castro entrou triunfalmente em Nova York, rodeado de admiradores, jornalistas que registravam cada um de seus passos pela cidade. Fumou um charuto com o prefeito e recebeu as chaves da cidade. Visitou a sede da ONU, fez uma conferência na Universidade de Columbia, foi até Wall Street abrir a Bolsa de Café e Açúcar. Vestido em seu uniforme verde-oliva, passeou pelo zoológico do Bronx, jogou amendoins aos elefantes e beijou bebês. Segundo a imprensa da época, mais de 35.000 pessoas se reuniram no Central Park para verem o novo ditador de Cuba. Cerca de um ano e meio depois começaram as decepções.

Diante do cenário catastrófico Fidel ainda tinha e tem muitos admiradores, dentro e fora de Cuba. Não digo que seja inacreditável, pois vi e vejo com meus próprios olhos a abominável admiração ao tirano, por professores, colegas, intelectuais, políticos, jornalistas. Fidel não deveria fazer falta alguma, mas jaz na inversão de valores este mundo que vaga pelo cosmos. Não foi apenas por “mérito” próprio que Castro permaneceu eternos 52 anos no poder, foi também pela frouxidão moral de todos que não falaram ou fizeram algo que poderiam ter feito, por qualquer vão motivo que fosse.

Parabéns ao mestre Anderson C. Sandes

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