O Flamengo estava a uma partida de distância da decisão da Libertadores. Isso porque na noite desta quarta-feira, o Rubro-Negro enfrentou o Barcelona de Guayaquil no Estádio Monumental Banco Pichincha, e o jogo válido pela volta da semifinal da competição continental.
Como venceu o confronto de ida por 2 a 0, o Flamengo jogava por qualquer vitória ou empate para chegar à terceira final de Libertadores na história do clube. Uma derrota por um gol de diferença ou por dois, desde que fizesse um gol em Guayaquil (3 a 1, 4 a 2, 5 a 3…), também garantiria a classificação. Um 2 a 0 a favor do Barcelona, por outro lado, levaria a decisão para as penalidades.
Flamengo com um pé na final da Libertadores
Pois bem, a jogada do gol do Flamengo se iniciou com a saída da pressão do Arão em tabela com Everton Ribeiro. A partir daí, abriu um buraco na linha do Barcelona. Everton aproveitou bem para meter para Bruno Henrique driblar e fazer o gol, o terceiro dele na semifinal.
O início de jogo do Flamengo foi totalmente diferente do Maracanã quando foi pressionado. Conseguiu manter mais a posse de bola e, portanto, um pouco mais de controle sobre o jogo. A presença de Arrascaeta tinha a ver com isso. Tinha sido até o momento uma chance clara para o Barcelona em 25min.
Depois de um bom início, o Flamengo caiu, deixava de manter a posse de bola e perdia o controle do jogo. Passou a ser pressionado, o que era um fator normal. O problema era que marcava mal. Dava muito espaço na lateral-direita e entre a linha de zaga e o meio. Por alí, o Barcelona teve chances.
Flamengo está na final…
Mais uma vez, Flamengo saía da pressão da marcação com uma troca de bola na defesa: começou da lateral esquerda até achar Isla livre na direita. Aí o quarteto da frente tinha espaço para triangular até Bruno Henrique. Segundo gol na partida e o quarto gol na semifinal.
Palmeiras x Flamengo na grande final da Libertadores. Uma das maiores da história por conta da rivalidade, da força dos dois clubes no continente e do peso das duas camisas. São dois protagonistas do futebol sul-americano atual se chocando pela taça. Montevidéu vai tremer.
Vai ser bem interessante o choque de ideias na final de Montevidéu. O sólido Palmeiras de Abel Ferreira negando espaços e acelerando e o Flamengo propondo o jogo e tentando envolver na criação. Não acredito nessa trocação maluca lá no dia 27/11.
Reflexão
“Superávit não traz título.” Flamengo e Palmeiras depois de começarem a dar superávit e, no momento seguinte, ter dinheiro para investir: quatro de cinco Brasileiros / três em cinco Libertadores.
Destaques
Felipe Luís, Everton Ribeiro e Bruno Henrique foram os destaques rubro-negros nesta jogo. O lateral consertou o lado da defesa, melhorou o passe, foi o ponto de equilíbrio. Everton voltou a ser o motorzinho entre as linhas. E Bruno Henrique foi decisivo. Diego Alves também teve boa atuação quando exigido no primeiro tempo.
Sobre o Filipe Luís é chover no molhado. É craque da posição é um cara que flutua em campo. A cabeça dele trabalha em outra velocidade e tecnicamente ele sobra muito no futebol brasileiro. Mais uma grande atuação do lateral-esquerdo com a camisa do Flamengo. Puro luxo.
A retomada de desempenho do Everton Ribeiro coloca o Flamengo em outro nível. Duas assistências hoje e muito inteligente no jogo do Maracanã. Outra arma criativa dessa poderosa equipe. É muito talento reunido que decide.
Bem mais produtivo do que esticão. Bruno Henrique disputou quatro jogos de semifinais da Libertadores. Fez seis gols. Média de 1,5 gol por partida.
O Diego Alves é peça crucial na história recente do Flamengo. A relação já teve algumas turbulências no passado, mas ele é um grande goleiro e um cara muito decisivo. Precisa ser muito valorizado mesmo.
Foto: AFP