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Moradores de Paquetá rejeitam ideia de “carnaval fora de época”, anunciado por Paes

RioCidadeMoradores de Paquetá rejeitam ideia de "carnaval fora de época", anunciado por Paes

Moradores de Paquetá não gostaram da ideia de se fazer um “carnaval fora de época” na ilha em setembro, mesmo após a vacinação de todos que moram na região com mais de 18 anos, segundo informações do G1.

O evento foi anunciado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) nas redes sociais, na segunda-feira (14). Segundo ele, este poderá ser o primeiro evento-teste na cidade.

“A gente está vivendo um momento terrível. Não temos nada para comemorar. Não vejo motivo para comemorar, muito menos com carnaval. Muito menos com essa situação que a gente tem vivido nesses 15 meses aqui na ilha”, comentou Cris Campos, moradora de Paquetá, ao G1

O plano do município é vacinar todos os moradores da ilha, que tenham mais de 18 anos, com as duas doses da vacina contra a Covid até o final de agosto. O projeto faz parte de um estudo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para que toda a população de Paquetá seja imunizada, independente do calendário normal de vacinação no município.

A prefeitura, no entanto, não esclareceu como fará o controle de acesso na ilha no dia do evento.

Segundo o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, o evento-teste só deve ocorrer se não for registrado nenhum caso da doença 14 dias após a aplicação da segunda dose.

“Se a ideia é fazer um evento teste, ele [Paes] precisa anunciar como um evento-teste, e não como um carnaval. O anúncio como um carnaval é descabido nesse momento de pandemia e até desrespeitoso com tudo que a gente está passando”, disse Leonardo Couto, de 37 anos, que vive há 8 anos na ilha.

“É claro que não vai ter como garantir que só vão vir os moradores. E mesmo que fossem só os moradores, imagino que um evento teste não se faz dessa maneira. A gente recebeu isso muito mal”, acrescentou o morador.

O comitê científico do município aprovou a medida. Atualmente, Paquetá tem cerca de 4,1 mil pessoas cadastradas pelas equipes de saúde da família. Segundo Soranz, metade da população da ilha já foi imunizada. A expectativa é vacinar ainda 1,8 mil pessoas.

“A principal expectativa nossa é que Paquetá seja a primeira área do Rio de Janeiro livre da Covid. A ideia é que a gente possa falar que Paquetá está há tantos dias sem nenhum novo caso da doença. A expectativa é que isso aconteça 14 dias depois da segunda dose”, explicou o secretário.
Segundo Soranz, todas as etapas do estudo serão voluntárias, incluindo a participação no evento-teste, que será realizado em local aberto.

 

Uma das principais reclamações dos moradores de Paquetá que se dizem contra a realização do evento-teste com aglomeração no bairro é a falta de controle de acesso à ilha.

Entre os problemas citados, está a redução do número de barcas que ligam a ilha ao continente. Para alguns moradores, a diminuição da oferta no transporte hidroviário provoca maior aglomeração nas embarcações.

“A gente tem uma dificuldade enorme para entrar e sair da ilha. Barcas lotas, nenhuma fiscalização, as pessoas não fazem uso de máscara. São turistas sem fim, parece que não houve pandemia. Algumas pessoas não estão vivendo a pandemia e vem passear na ilha sem máscara, fazem festas e mais festas”, completou a professora Cris Campos.

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