O Fluminense novamente mostrou que é um clube que a cada ano se diminui em relação ao Flamengo, hoje soberano no futebol do Rio. Mais, é triste saber que há uns dez anos, o Fluminense teve a chance de ter essa superioridade e em nada conseguiu aproveitar. Parece que há muitos anos se transformou num clube de covardes. E é triste dizer isso porque sou torcedor fanático do clube.
Hoje de fato há um trabalho de reestruturação feito pelo presidente Mário Bittencourt, mas em final se joga para ganhar, ainda mais contra o Flamengo. A covardia nas duas partidas custou caro. Pior, a mentalidade pequena que o clube parece que há alguns anos adquiriu.
Se tornou um clube que tem uma torcida mais preocupada em brigar na internet do que ser uma massa mobilizada para apoiar o clube. Fluminense deveria ser um clube de massa, de povo, de gente. Infelizmente o clube em grande parte não soltou suas bases aristocraticas do século passado. Pior, na época da Unimed se travestiu de uma arrogância bizarra que hoje cobra seu preço. O Fluminense teve a oportunidade de ser maior que o Flamengo e o Vasco e não aproveitou. E difícil que irá aproveitar isso um dia ainda. A injeção de dinheiro em jogadores e não no clube, o endividando cada vez mais, não foi suficiente para passarmos o Flamengo em títulos, torcida e expressão. Sequer verba de tv acima do Vasco o Fluminense teve. Pior, deve uma série B no tapetão que qualquer presidente decente se prestaria a recuperar. Em 2013 não discuto. Falo em relação a 2000, onde deveríamos ter jogado o módulo B e não o A.
Mais, gastou dinheiro em jogadores horrorosos na época da Unimed e pouco ganhou com as vendas que fez. Celso Barros, esse câncer, deveria ter investido parte no CT e soa canalhice ele hoje dizer que não tinha influência para isso. Mentira. Ele que contratava, demitia e até escalava. A derrota na Libertadores de 2008 é fruto de uma arrogância bizarra. Podendo ter ido se preparar melhor em Quito, foi em cima da hora e perdeu na altitude e aqui, com o péssimo Ygor botou o título a perder. Brigamos várias vezes para não cair. Tivemos falsos ídolos, que uma parte da torcida, que eu chamo de torcidinha adotou como o Conca, um bom jogador na história mas que era omisso. O Fluminense não é lugar para covardes.
A diferença para o Flamengo é essa. Lá não tem covardes. Deveríamos ter mais ídolos como Fred.
Há um ego imenso em Celso Barros, Mário e outros que só fizeram botar tudo a perder.
O Fluminense precisa ser repensado como clube de futebol. Fundamental que priorize suas dividas e continue saneando suas finanças. Ao mesmo tempo é preciso ter seriedade e ombridade na hora de jogar e de contratar. A torcida é uma das culpadas. Quando tínhamos títulos, a torcida pouco ia, não era presente, não somos igual a torcida do Flamengo que vai.
Que inveja, sabe?
O Fluminense precisa priorizar sua história, precisa remontar suas origens, se impor e portar como grande. Reconhecer seu apequenamento, fazer o básico e buscar crescer. Em todos os sentidos. Em torcida, ídolos e títulos.
Boa parte da torcida deveria mudar também, queremos mais povo, devemos crescer. E sim, focar pra ganhar estadual. É lá onde tudo começa. Foi lá que viramos grandes, é lá que o Fluminense vai demorar muitos anos para passar o Flamengo em títulos, e é preciso trabalhar pra isso.
Investir no CT, firmar no Maracanã, pegar o lado esquerdo das cabines de rádio do Flamengo, investir em marketing e em mídia, não ter covardes na torcida e diretoria, ter seriedade financeira e trabalhar para superar Vasco e Flamengo na grandeza. Será difícil, quem é que vai torcer para o Fluminense?
Somos um clube de covardes, ninguém quer torcer para covardes.
Triste é ver o Fred nesse time, nesse momento, ele sim um ídolo. Ele merece mais que isso.