sábado, maio 18, 2024

Carminha Jerominho é alvo de operação contra receptadores de cargas

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A ex-vereadora Carminha Jerominho (PMB), filha de Jerônimo Guimarães, condenado por ser um dos fundadores da milícia Liga da Justiça, foi conduzida para depor na manhã desta quinta-feira. Ela é um dos alvos da Operação Cegueira Deliberada, da Polícia Civil, que mira receptadores de cargas de aparelhos eletrônicos roubados no Rio. Até as 10h50, dezesseis pessoas já haviam sido presas.Carminha foi conduzida porque seu celular não foi encontrado pela Polícia. Os agentes estiveram na casa da ex-vereadora, em um condomínio de luxo de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira.

A vereadora foi encontrada na casa da vizinha. “A minha irmã me ligou dizendo que tinha uma busca e apreensão e fui levar minha filha na casa da vizinha. Eu vim voluntariamente (depor)”, disse ao chegar para prestar depoimento.
A operação cumpre 26 mandados de prisões e busca e apreensões em vários bairros do Rio e na cidade de Volta Redonda, no Sul fluminense, após dois meses de investigação sobre roubos de cargas, especificamente de aparelhos celulares de última geração.

Carminha foi conduzida para prestar depoimento e chegou à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte, por volta das 9h25 da manhã. Ela disse que possui as notas dos aparelhos celulares que comprou, numa loja em Campo Grande. Os celulares, segundo ela, foram dados à mãe e ao pai. Tio da ex-vereadora, Natalino José Guimarães, que foi condenado por pertencer à milícia, levou os aparelhos até a Delegacia de Roubos e Furtos de Carga (DRFC).

— Eles estão fazendo o trabalho deles, a gente não tem que questionar o trabalho da polícia, eu comprei de fato dois celulares numa loja, em Campo Grande, tá tudo direitinho no extrato do cartão, parcelado, a polícia bateu que são os aparelhos e a gente tem que vir aqui prestar depoimento — disse.

A ex-vereadora também explicou o motivo de estar na vizinha e não em casa no momento em que os policiais civis bateram à sua porta. De acordo com ela, sua filha de 10 anos estava nervosa:

— A minha irmã me ligou dizendo que tinha uma busca e apreensão e eu fui levar a minha filha à casa da vizinha, porque ela estava extremamente nervosa, só tem 10 anos de idade, o delegado viu o estado dela, e eu estava tentando tranquilizá-la, ela não me deixava sair. E eu pedi à vizinha para que chamasse o delegado para que ele visse porque eu não estava conseguindo sair. Eu vim de forma voluntária, não tem mandado para me conduzir até aqui, mas eu quero explicar tudo direitinho. Eu comprei (o celular) por preço normal.

Celulares revendidos em sete regiões

A operação foi montada com base em dados coletados em duas apurações sobre quadrilhas especializadas em roubos de cargas — especificamente aquelas que miram telefones celulares de última geração. De acordo com a polícia, os aparelhos eram revendidos a moradores dos bairros de Campo Grande, Sepetiba, Paciência, Curicica, Tanque e Rio das Pedras, na Zona Oeste, e de Itaguaí, na Baixada Fluminense.

A ação foi batizada de Operação Cegueira Deliberada. Agentes da DRFC e de mais 12 unidades especializadas e unidades do interior participam da ação. Os agentes visam a cumprir mandados de busca e apreensão em vários bairros do Rio e no município de Volta Redonda, no Sul Fluminense. Todos os presos vão responder pelo crime de receptação.

O nome da operação é uma referência ao fato de que muitos dos receptadores de celulares alegam que não conheciam a origem ilícita dele, mas deixam de verificar, de forma deliberada, esse fator. Eles não pedem a nota fiscal e dados dos vendedores

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