sábado, maio 11, 2024

BRT está em greve no Rio

RioCidadeBRT está em greve no Rio

O sistema BRT Rio está paralisado nesta segunda-feira nos seus três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica). Motoristas fizeram uma greve pedindo seus salários que estão atrasados. Segundo o consórcio que administra o transporte, alguns motoristas impediram a saída dos ônibus das garagens. Não há previsão para a regularização da atividade.

Com o BRT paralisado, os ônibus saem lotados dos pontos, provocando aglomeração dos passageiros.

Já o prefeito, Eduardo Paes se colocou contra a greve e fez apelo aos motoristas do BRT para que retornem ao trabalho e não prejudiquem a população. Ele alega que o executivo municipal está trabalhando para reequilibrar a situação.

Semana passada o presidente do BRT Rio afirmou que não tinha dinheiro para pagar os funcionários e cobrou a prefeitura por isso dizendo que não há dinheiro para o pagamento da segunda parcela do salário de janeiro – que vencerá na próxima sexta-feira (05/02) – de seus funcionários e a compra de insumos básicos necessários para a operação da frota, como, por exemplo, combustível. De acordo com a concessionária, a situação é ”resultado direto do agravamento dos impactos da pandemia sobre todo o setor de transportes públicos”.

Ainda segundo o BRT, haverá, em fevereiro e março, um sistema de rodízio entre os colaboradores da empresa, com a dispensa do trabalho por até 10 dias e o salário sendo proporcionalmente reduzido de maneira condizente com a quantidade de dias trabalhados.

O Consórcio, que opera os corredores de ônibus rápidos na cidade do Rio de Janeiro, diz mais: está sem recursos até mesmo para a compra de insumos, como combustível.

Afirmando que o setor de transporte de passageiros atravessa a sua mais grave crise econômico-financeira no Rio de Janeiro, o BRT Rio afirma na nota que a Covid-19 “veio agravar e acelerar uma realidade que já vinha sendo impactada pelo congelamento da tarifa há dois anos, pela expansão do transporte clandestino por vans e do transporte por meio de aplicativos, pela concessão de gratuidades sem fonte de custeio, entre outros fatores

O prefeito Eduardo Paes disse em entrevista ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo, que não pode negociar subsídios ao consórcio e que as negociações levam tempo. Paes insinuou que a greve desta segunda-feira pode ter sido articulada por empresários de ônibus para pressionar o Poder Público. O prefeito afirmou que pressões deste tipo podem fazer com que a Prefeitura do Rio endureça a negociação.

“Faço um apelo para os motoristas de BRT voltarem a trabalhar. A gente vai olhar pra frente e tomar as decisões necessárias. O que não pode é a população ser prejudicada. Não quero acreditar que esta greve seja um locaute, com a conivência dos empresários para pressionar”, disse.

O representante dos motoristas de BRT, Ademir Francisco, diz que a categoria realizou a paralisação contra a decisão da empresa de afastar motoristas por 10 dias sem remuneração. O BRT tampouco garantiu o pagamento dos trabalhadores até o próximo dia 5. A cada 7 dias, 50 funcionários ficarão em casa sem receber, segundo Ademir.
“Acreditamos que eles (empresários) estão incentivando indiretamente os trabalhadores para pressionar o prefeito Eduardo Paes. Eles estão nos usando. Nós queremos que se manifestem contra o afastamento não remunerado e com o compromisso de pagamento no quinto dia útil”, diz o representante.

E quem sofre é o passageiro

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