Ela foi a primeira mulher a sentar na cadeira de vice-presidente da história do Clube de Regatas Vasco da Gama: A registradora pública Sônia Andrade está no cargo desde janeiro de 2018 e agora deixa o clube para a nova gestão de Jorge Salgado assumir.
Em entrevista a Gazeta do Rio, ela faz uma avaliação do seu trabalho e ressalta seu trabalho na área psicossocial do clube. Sônia defendeu a gestão e disse que fez o que foi possível diante do cenário encontrado ao assumir o Vasco, após o último mandato do ex-presidente, já falecido, Eurico Miranda.
Criadora de uma ONG voltada para a regularização habitacional, Sônia tem uma carreira ligada às causas sociais. No Cruz-Maltino, foi a idealizadora do departamento psicossocial e tem promovido ações ligadas à causa feminina no esporte e fora dele.
1 – Como você avalia o mandato seu e do presidente Alexandre Campello?
Diante da realidade que se encontrava o clube, foi excelente. Pagamos parte da dívida, organizamos os departamentos profissionalizando eles e conseguimos reduzir o departamento pessoal. A gestão foi excelente dentro das nossas possibilidades e do que deu para fazer
2- E o que ela fez e como ela avalia o próprio trabalho?
Quando eu sair, pretendo dar andamento a projetos que iniciei no lado social e do combate a violência contra a mulher. Então, levar isso para o meu dia a dia. Fazer com que esses projetos andem. Brigar no congresso por cotas para que as mulheres possam integrar as chapas dos clubes de futebol dentro da gestão. Foi uma grande experiência que eu tive dentro do Vasco, conhecia futebol mas não a gestão e isso enriqueceu muito a minha vida pessoal e profissional. Pretendo pegar todos os projetos que comecei no Vasco e continuar através do meu instituto social, dentro daquilo que procuro fazer. Na área social.
3- O que ela pretende fazer depois que sair da vice presidência do Vasco?
Muito difícil você fazer uma autoavaliação mas entendo que diante do contato com torcedores, funcionários, pessoas ligadas ao Vasco, eles entendem que o trabalho foi bem avaliado por todos os segmentos do clube e pelo futebol brasileiro no todo. Alguns clubes além do Vasco, começaram o trabalho psico social e isso é muito importante. Acho que o futebol precisa olhar esses meninos como pessoas e esse trabalho fez com o que olhar para esses atletas fosse diferenciado e mais humano. Só de ter feito isso, conseguido isso, já valeu muito a pena meu trabalho no Vasco da Gama.