segunda-feira, maio 13, 2024

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As primeiras medidas de Eduardo Paes, o novo prefeito

EditorialAs primeiras medidas de Eduardo Paes, o novo prefeito

Eduardo Paes voltou. Sim, ele voltou e quem não gostou, que se acostume com isso e acompanhe aqui ou em outros poucos veículos, uma análise mais profunda e crítica sobre sua gestão..

O que dá para falar é que a gestão dele não traduz até agora promessas em fatos. O que se vê é muita fumaça, muitos factóides, balões de ensaio e muita confusão. Primeiro sobre a questão dos servidores que não receberam.

Ao contrário do que pregava Paes e seu secretário, o fiel escudeiro Pedro Paulo, a cidade tinha sim dinheiro para pagar os atrasados e servidores. Se Marcelo Crivella não deixou dinheiro em caixa, Jorge Felippe diz que deixou. Com um discurso negando tudo que foi feito na gestão anterior, Pedro Paulo conclui ainda sem definição técnica de que a cidade teria 10 bilhões de déficit.

Não há questionamento de onde saíram esses dados, qual o embasamento. Ainda mais negado por órgãos técnicos da gestão Crivella. Quem está certo nessa história?

Cargos comissionados acabam mas voltam. Só ver o quanto que foi distribuído nesse início de governo.

Sobre os secretários, uma falha grande do secretário Marcelo Calero, responsável pelo que chama de Compliance, que sempre existiu mas agora com mais publicidade.

O secretário que deu golpe com cheque sem fundo só foi descoberto graças a uma matéria da Globo (Quem diria). Gustavo Schleder réu junto com Paes e Pedro Paulo no caso da delação da Odebrecht. E tantos outros casos, como o do seu secretário de turismo, dono de empresas em paraísos fiscais. A nomeação da filha do ministro da saúde Pazzuello e tantas outras.

Ainda na base do governo, mas fora dele Nomeações como a do vereador Márcio Ribeiro empregando a mulher de Pedro Paulo, não soam nada como técnicas.

Agora o pior e mais importante: a prefeitura mostra uma confusão na hora de lidar com a pandemia.

Paes quis comprar e anunciou, inclusive a Gazeta deu em primeira mão, que ele tinha sinalizado compra da vacina do Butantan mas voltou atrás porque, como Niterói, a vacina será dada no mesmo plano do governo federal.

Por que não avisou isso antes?

Por que Daniel Soranz encerrou o Hospital de campanha? Por que tentar leitos de hospitais particulares, que por sinal também estão em falta? Isso está sendo questionado pelos vereadores já

Ah, mas o gasto. Na hora da pandemia, é preciso salvar vidas acima de tudo

O Hospital de campanha se não era perfeito, era útil nesse momento. Louvável a medida de ir para o Hospital de Acari (Ronaldo Gazolla) a maioria dos pacientes mas ainda pode ser insuficiente devido a alta no número de casos e mortes na cidade

Outra medida absurda é a volta das OS no comando das clínicas da família. A medida é criticada pelo fato delas serem associadas a corrupção, ainda mais depois do que aconteceu no governo Witzel. Soranz se defende dizendo que não se deve demonizar as OS mas não se pode colocar em mãos privadas um serviço essencialmente público em todas as suas pontas.

As medidas de controle da doença são criticadas por especialistas. A medida que visa controlar a covid de acordo com os bairros peca no preceito básico: a circulação de pessoas, pela cidade. Nem mesmo Edimilson Ávila, que conversa com o prefeito todos os dias, se atentou a um fato tão importante.

Novas medidas foram criticadas e Paes voltou atrás. Não tem sentido nenhum voltar com os públicos nos estádios.

Sua relação com a mídia vai bem, obrigado. Tirando nós, talvez o jornalista Ruben Berta, o site Spotlight do jornalista Lúcio de Castro e a BandNews mais ou menos, questionam o prefeito. Até a Record sinaliza com apoio irrestrito a Paes. A Globo é parceira antiga, mas ela que se ligue: Os tempos da publicidade e da Olimpíada já acabaram.

Rádio Tupi e SBT vão bem, obrigado. O DIA será seu apoiador irrestrito. Apoiam qualquer governo. A necessidade financeira conta e muito. Sabemos disso e não somos hipócritas para demonizar.

Ainda é cedo para avaliar se a gestão de Paes será boa ou ruim mas a princípio o prefeito promete muito e faz pouco. Balões de ensaio para dizer que está on, que pega no batente as sete da manhã são batidos e clichê.

Não se ouviu em sua posse e em seu início de governo as palavras desenvolvimento e combate a pobreza. Não adianta dizer que fará uma gestão anti-racista se não tem negros na sua equipe próxima. Fiscalizar as contas e contratos de Crivella é velho e ele já fez quando pegou a cidade de Cesar Maia.

O carioca não quer discurso, nem piada. Quer vacina, quer acabar com a crise que assola a cidade, quer desenvolvimento e um prefeito que trabalhe em prol de todos. O Rio precisa melhorar. Para o nosso bem. E torcemos por isso.

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