sábado, maio 18, 2024

Familiares de meninas mortas em tiroteio quer processar o estado. PM nega tiroteio

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Que esse policial possa pagar diante da justiça dos homens e da justiça de Deus. Não desejo que ele passe pela dor que estou passando. Não aceitaria o seu pedido de perdão… Isso não vai trazer a minha caçulinha de volta, mas não quero mal para a sua família”. A frase é de Alexsandro dos Santos, pai da pequena Emilly, de 4 anos, que morreu junto com a prima, Rebecca, na última sexta-feira, dia 4 de dezembro, ao Jornal Extra

Neste domingo, parentes e amigos fizeram uma manifestação e pediram justiça. As duas foram assassinadas enquanto brincavam na calçada em frente ao portão de casa, na comunidade do Barro Vermelho, em Gramacho, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Agora, a família pretende processar o Estado.

 

Segundo parentes, policiais que estavam numa viatura atiraram em direção à rua em que Rebecca e Emilly brincavam. Eles afirmam que não houve confronto. Por nota, a PM disse que não fez disparos. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense apreendeu as armas dos cinco policiais que estavam na região. No total, foram para a perícia cinco pistolas e cinco fuzis. Os agentes já prestaram depoimento.

PM NEGA

Ao Bom dia Rio, da Globo, a tenente-coronel Gabryela Dantas afirmou que a Polícia Militar não realizou operação no Barro Vermelho. Segundo a porta-voz, os cinco agentes foram atender uma ocorrência de furto de veículo no local. De acordo com a tenente-coronel, “seria leviano levantar qualquer suspeita de que a morte das meninas tenha alguma correlação com esse deslocamento dos policiais”

— Eles disseram que não atiraram e, neste momento, seria leviano levantar qualquer suspeita de que realmente a morte das meninas tenha alguma correlação com esse deslocamento dos policiais. Nós realizamos treinamentos sobre incursões ou em operações policiais que podem ser efetuadas em caráter excepcional nas comunidades. Nesse caso, nós falamos que não houve operação, não estava havendo incursão — disse a porta-voz, que completou:

— O treinamento ensina para nunca entrar atirando. Nós entramos de uma forma técnica, dentro da operacionalidade que o caso requeira, mas nós não entramos atirando.

— A polícia militar lamenta profundamente as mortes das meninas Emilly e Rebecca. Não houve operação, incursão. O que aconteceu no dia foi que nós tivemos um chamado sobre furto de veículo naquela localidade. Os policiais foram até lá e aguardaram na esquina a saída do veículo da comunidade. Como não saía e já estava passando 20 minutos, já estava anoitecendo numa localidade que tem confrontos normalmente, eles iniciaram um deslocamento. Foi quando eles constataram disparos de arma de fogo. Em depoimento, eles disseram que não revidaram. Eles aumentaram a velocidade, e isso é confirmado pelo GPS — disse a militar.

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