O candidato Luiz Lima disse que a falta de moradias dignas e os graves problemas de infraestrutura em comunidades são prioridades. Essa declaração foi dada em entrevista à Rádio Tupi, nesta terça-feira (27). “A gente tem um problema muito grave que é a habitação. Se você entrar na comunidade Roquete Pinto, no Complexo da Maré, por exemplo, percebe que é impossível levar segurança, saneamento, ou qualquer outro tipo de benefício, se as pessoas têm uma qualidade de vida tão ruim. Falta tudo! Não dá para botar uma tubulação de água. São ruelas, becos … Por isso, o problema habitacional é o mais grave do nosso município”, avaliou o deputado federal.
Ao falar sobre os desafios que a próxima prefeitura terá a partir de 2021, ele criticou as últimas gestões e relembrou parte de sua trajetória, destacando qualidades que considera necessárias para um bom gestor. “O Rio é uma cidade destruída ao longo dos anos. Pessoas irresponsáveis e temerárias fizeram uma política partidária e não de estado. Eu ando nas ruas e a insatisfação das pessoas é muito grande. E a minha, como carioca, também é. Se as pessoas enxergam que o governante está tentando e está se dedicando, elas têm uma visão diferente. O problema é que a gente não enxergou essas tentativas no atual governo. Me tornei o primeiro professor de educação física e atleta a virar secretário nacional (de Esportes de Alto Rendimento). Nós precisamos trazer para a política cidadãos com bom senso. Quando me tornei secretário e, posteriormente fui convidado a me candidatar a deputado federal, aceitei o desafio. Tive 115 mil votos, muitos deles no interior do estado. Sou uma pessoa boa, capaz de aprender e a ouvir.”
O governador afastado Wilson Witzel também foi alvo de críticas. “Fui o primeiro deputado federal a encaminhar um ofício para o Ministério Público Estadual e para o Tribunal de Contas do Estado, pedindo fiscalização nos contratos emergenciais feitos sem licitação pela Secretaria de Saúde. E antes do Witzel assumir, ainda em 2018, eu já demonstrava minha preocupação por causa da falta de formação técnica dos secretários dele.”
Questionado sobre suas propostas para Segurança Pública, o candidato citou a importância da Guarda Municipal no combate à criminalidade e revelou como quer ver os agentes atuando. “O Segurança Presente é um programa de sucesso. Nos bairros que eu visito e que têm esse programa, a população gosta muito. Na Guarda Municipal, temos 7.300 homens, 7.300 homens que também podem ser aproveitados no Segurança Presente. E daí vem o nosso projeto de governo, baseado em outras capitais do mundo, no qual a nossa Guarda Municipal teria parte do seu efetivo armado. Se a gente tiver 20% desses guardas, e muitos desejam isso, com porte de arma, já somamos o efetivo de 3 batalhões da polícia militar. Eles têm que ser, é claro, muito bem treinados. Assim seriam muito bem aproveitados e trabalhariam junto com a Polícia Militar. Melhoraria muito o serviço (do Segurança Presente) nos bairros. A Guarda Municipal pode trabalhar junto com a PM. Seria um reforço de 1.500 homens a mais nas ruas”, explicou.
Além de um choque de gestão, o candidato prometeu lutar para combater a corrupção e anunciou que vai incentivar o carnaval como forma de reaquecer a economia. “O pior mal do Brasil é a corrupção. Se não tivéssemos tanta corrupção, certamente estaríamos vivendo em um país melhor. Nós temos um milhão e quinhentos mil cariocas vivendo em comunidades. Temos muitas pessoas em situação de rua também, o que é lamentável. É obrigação da prefeitura cadastrar essas pessoas, saber o motivo delas estarem ali e cuidar do ordenamento público. Sou a favor do carnaval, adoro carnaval. Desfilo com a minha mulher há muitos anos. O carnaval e o futebol são a essência do carioca. Entendo que o carnaval também é um dos pontos chaves para levantarmos o município, junto com o ordenamento público, incentivo para geração de renda e ao cooperativismo. Temos, ainda, que rever a questão do lixo, que é o novo petróleo.”
Por fim, ele mandou um recado para os eleitores. “Pesquisem os 14 candidatos. Procurem saber a história de cada um. A história é muito mais importante do que os discursos. Temos que escolher as melhores pessoas para ocuparem os cargos. Um prefeito sozinho não vai governar um município do tamanho do Rio de Janeiro, com oito subprefeituras, com dez áreas programáticas de saúde, com 1.542 escolas… A obrigação do prefeito é ser um gestor de pessoas. O Rio é um município plural, que respira cultura, respira eventos, respira inovação e oportunidades. Carrego comigo o espírito de atleta olímpico. Mesmo num esporte individual ninguém vence sozinho. E gostaria de deixar o eleitor à vontade. Escolha o candidato que mais se identifica com você. Procure saber quem é o seu vice-prefeito, porque tem muitos candidatos com vice placebo ou um vice que não representa aquilo que o carioca quer. Independente de ideologia política, escolha o candidato que tenha compromisso com a honestidade e a transparência.”