sábado, maio 18, 2024

Editorial: A tragédia chamada Wilson Witzel

EditorialEditorial: A tragédia chamada Wilson Witzel

Sem autonomia. Recursos indo para cidades sem a menor comprovação da utilidade e para onde iria. Fernando Ferry deixou a secretaria estadual de saúde ontem de uma forma que se a primeira vista pareceu covardia, na segunda análise parece mais um gesto de alguém que tentou mudar um cancro estabelecido de corrupção e obscurantismo dentro do governo Wilson Witzel e a sua forma inepta de gerir a crise no estado do Rio.

O primeiro a cair foi o péssimo Edmar Santos. Se no início, ele gostava de dar entrevistas para os grandes veículos (tentamos também mas a assessora dele ignorou nossas mensagens), faltou trabalho ao antigo secretário. Faltou perceber que o centro dos problemas estava bem no palmo do seu nariz e muito ao lado: Gabriell Neves, já preso. O mesmo que deu um golpe numa idosa, segundo revelou o jornalista Ruben Berta.

Enquanto isso hospitais de campanha inacabados, organizações sociais envoltas em corrupção (aliás, já era assim com a prefeitura e com empresas defendidas por um ex-secretário municipal de saúde incompetente e acusado de corrupção), pacientes morrendo e uma briga política sem precedentes.

A gestão de Witzel é trágica por si só. Primeiro prometeu dar “tiro na cabecinha” nos morros, alinhando seu discurso ao de Jair Bolsonaro, muito do que fez vencer a eleição a governador. Deu errado. Por mais que a polícia tenha de fato matou muito bandido, também matou inocentes. A tragédia chamada UPP do governo Cabral continua lá, sem nenhuma previsão de crescimento, entregue, assim como grande parte da corporação e do povo.

Sem falar no escândalo da CEDAE, que por causa das indicações políticas do padrinho Pastor Everaldo, colocou gente na companhia que fez o estado do Rio beber merda.

Talvez o único secretário que esteja tentando fazer algo é Pedro Fernandes, mas ainda assim Witzel não investe sequer o mínimo na educação.

Por outro lado, gastou demais em publicidade, deu muito dinheiro para veículos de comunicação que durante um tempo se tornaram até parceiros comerciais do seu governo, ficou dando uma de bobo, como diz meu pai, ligando pra Mourão e filmando, aparecendo mais que o Papai Noel na Festa do Papai Noel no Maracanã, querendo ser o novo patrono do carnaval também. Ou seja, muito holofote mas pouca gestão, transparência.

Sérgio Cabral foi um engano. Parecia bom mas era péssimo e cruel, bandido. Pezão foi péssimo, o pior os tempos. Eleito pela rejeição a Crivella e não por seus méritos, Dornelles não foi nada, assim como sua carreira política e agora Witzel segue no mesmo caminho de Pezão…. Correndo até o risco de parar na prisão antes do seu iminente impeachment.

Check out our other content

Check out other tags:

Most Popular Articles