sábado, maio 18, 2024

Meu eterno amigo Maracanã, por Tainá Oliveira

RioMeu eterno amigo Maracanã, por Tainá Oliveira

Tainá Oliveira

Falar do Maracanã é como escrever sobre uma linda amizade. Melhor do que dizer que ele é apenas uma estrutura de concreto, é sinalizar que ele é meu amigo. Amigo que é casa, que é abraço, que é grito de felicidade, que é emoção. Amigo que já me sorrindo, chorando e explodindo de raiva.Talvez nem todos entendam o que é isso, mas só quem já assistiu uma partida no Estádio sabe que, depois do primeiro grito de gol, fica criado um laço para a vida inteira.

E vou te contar um segredo: esse tipo de amor não se explica. É sentir as mãos suadas quando o jogo começa, o coração na garganta no gol do adversário e a libertação ao festejar a vitória do seu time. Poderiam escolher qualquer ambiente, mas só o Maracanã transmite estas mesmas emoções até mesmo quando não tem jogo. Como isso? Nem a física sabe.

Adoro ir para o trabalho, ou para qualquer outro compromisso, e topar com o Maracanã no meio do caminho. O humor até muda. E ainda digo mais: quer um exemplo de dia feliz?

Simples. Dia feliz é um dia no Maracanã. A ansiedade começa quando você compra o ingresso para a partida e só termina quando você saí de lá, muitas vezes, sem querer sair.

Em cada parede do Estádio ficou marcado um título de um time, a história de um craque, a perda de um campeonato, a virada de uma equipe nos últimos minutos. Cada pilastra é capaz de contar histórias infinitas que entendemos só de olhar.

E nas arquibancadas há milhares de mini-craques que nem sabe ainda que serão craques. Alguns no colo do pai ou da mãe, também podem estar sentadinhos assistindo. Mas acredite, eles já estão lá. Talvez não saibam disso, mas o Maracanã, a verdadeira fábrica de ídolos, certamente já sabe.

De todas as lembranças que tenho todas que envolvem o Maracanã estão entre as minhas favoritas. Ele tem 70, eu quase 30. Faço questão de que, pelo menos, em todos os próximos anos da minha vida nossos caminhos continuem se cruzando. É um elo eterno.

Independente de ser o velho ou o novo.

Dentro ou fora de campo.

A oportunidade de viver um momento no Estádio é única, sublime e inesquecível.

Deus perdoe quem não gosta de futebol.

E perdoe mais ainda quem não gosta do Maracanã.

Tainá Oliveira é jornalista e trabalhou em diversos jogos no Maracanã nos últimos anos

Check out our other content

Check out other tags:

Most Popular Articles