quarta-feira, maio 8, 2024

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Hamilton Vasconcellos: Os novos protocolos e a retomada do turismo

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Que o país e o mundo passam por uma crise de saúde e econômica sem precedentes, causada pelo coronavírus (covid-19), todos já sabem, que o turismo mundial foi intensamente impactado e deverá sofrer perdas na casa de US$ 2,6 trilhões e de 100 milhões de empregos, segundo estimativas do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), muitos já ouviram falar. Entretanto, apesar de várias conjecturas já apresentadas, o futuro e o ritmo da retomada do turismo ainda é algo indefinido.

Três variáveis interferem bastante nesse cenário: a dimensão da pandemia em cada região, as políticas públicas voltadas para o setor e as definições de novos protocolos de segurança em saúde, que interferem no dia a dia de cada segmento da cadeia turística.

Apesar dos olhares terem se voltado para China pelos animadores resultados de retomada do setor turístico no pós-pandemia, já que 90% dos hotéis foram reabertos em abril, após dois meses de fechamento, não devemos tomar os indicadores como parâmetros. Existem fatores como: diferenças culturais, abrangência da pandemia e a retomada da economia como um todo, que podem impedir a replicação do modelo em outras regiões.

No entanto, como já comentamos em outro artigo, uma base comportamental mostra um padrão para o mundo. O turismo de negócios e a os deslocamentos curtos, de carro, estão se impondo. Deste modo, ocupação hoteleira na china apresenta crescimento, principalmente no segmento de hotelaria econômica.
Porém, ao olharmos para a China devemos lembrar que esta não é a primeira pandemia que a china enfrenta. Além disso, a boa retomada da economia do país está impulsionando a movimentação por negócios e, por fim, por não ser a primeira pandemia, alguns hábitos protocolares já estão assimilados, agora apenas se impõem.
Quando falamos da dimensão da pandemia estamos apontando para o efeito psicológico que ela tenha causado na população. Assim, quanto mais avassaladora em termos de vidas perdidas, maior será o medo e a exigência de segurança. Essa questão se refletirá em protocolos, que por sua vez, se desdobram em custos. Essa nova realidade resultará na busca de um novo ponto de equilíbrio dos negócios. A difícil engenharia estará em como atender os novos protocolos e custos sem inviabilizar as operações.

O aspecto geográfico também será determinante para a retomada. Isto é algo que já se consegue ver hoje no Brasil. Locais menos impactados pela pandemia estão conseguindo manter um fluxo melhor de turistas, em outros, mais afetados, a atividade estagnou e encontra dificuldade, inclusive, para planejar e operacionalizar seu retorno. A maior dificuldade está em encontrar os parâmetros que respeitem as exigências legais, ainda não totalmente definidas para o pós-pandemia, e que se traduzam em segurança para o turista.

Alguns destinos e grupos hoteleiros já definiram certos protocolos. Entretanto, acreditamos que o pós-pandemia exigirá mais do que as orientações básicas de prevenção ao coronavírus e das medidas já adotadas quanto ao serviço de limpeza de espaço e quartos, bem como, a indicação para eliminação do serviço de buffet self service. O ponto de maior dificuldade será no tocante a evitar aglomeração, pois isso não significa apenas uma medida correta, mas de convencer um turista receoso de que o padrão definido é seguro e ainda traz consequências para formação dos custos.

Assim, é na questão do distanciamento, do espaço seguro, que talvez estejam as maiores dificuldades, pois implica em alterar ou reduzir, o número de clientes em um mesmo ambiente. Isto será um problema para hotéis, transportes coletivos, restaurantes, bares e principalmente, para eventos. Como encontrar o novo ponto de equilíbrio do negócio alterando esse fator e sem inviabilizar a operação?
Para definir os novos modelos de negócios teremos que ter no horizonte o entendimento de um novo mundo que está surgindo com a pandemia. Temos que considerar que o mundo virtual e o trabalho remoto serão mais utilizados, o que pode significar redução de deslocamentos por negócios presencias. Sem conhecer essa nova sociedade e suas exigências, não conseguiremos oferecer os protocolos necessários para a manutenção do empreendimento.

Certo, por enquanto, é o desejo pelo fim da pandemia e da quarentena. Estamos todos querendo viajar, rever os amigos, sentar e conversar num jantar. Tudo indica que os passeios para locais próximos serão o motor desta retomada. Pesquisas já indicam o interesse nas viagens. Por isso, é muito importante para o segmento detectar o novo modelo de operação e desenvolver as campanhas de divulgação de promoção de destino e de segurança protocolar. Somente dessa maneira será possível converter desejo em realização.

Quem é Hamilton Vasconcellos?

Advogado formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Começou no turismo começou em 1993, quando foi contratado como estagiário do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio e Turismo. Dois anos depois, em dezembro de 1995, formou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em janeiro de 1996 foi nomeado chefe da Divisão de Contencioso da Embratur; em 1999, assessor do presidente Caio Luiz de Carvalho. Durante esse período foi responsável pela defesa da Embratur em todos os tribunais do Rio de Janeiro.

Além das funções exercidas, passou a representar a Embratur nos processos em diversos estados e instâncias. Também atuou representando a autarquia em diversos conselhos por todo o Brasil, oriundos da participação do Fundo Geral do Turismo. Desde 1997, nosso agraciado participou ativamente no Programa Nacional de Municipalização do Turismo e do Programa Clubes de Melhor Idade, programas federais que visavam ao desenvolvimento do turismo nacional.

Em 2000 foi enviado para Portugal. A Embratur desejava conhecer profundamente o Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres (Inatel), instituição portuguesa voltada ao turismo para os cidadãos aposentados e também para o incremento do turismo doméstico português. Nosso homenageado passou 30 dias em Portugal realizando visitas técnicas e entrevistas com administradores do Inatel, conhecendo os hotéis de sua propriedade.

Em 2013, por ordem do presidente da Embratur, realizou a transferência de todos os processos judiciais para a Advocacia Geral da União, bem como o encerramento de todos os contratos para a extinção do escritório da autarquia no Rio de Janeiro.

Sua trajetória acadêmica, ministrando aulas nos cursos de Turismo, Direito e Ciências Contábeis, começou no ano 2000, e até hoje está nessa atividade em diversas faculdades.

Em 2014, retornou para a Secretaria Estadual de Turismo na função de assessor especial. E em 2017 assumiu a vice-presidência da TurisRio, com a função de aumentar a interação da empresa com todo o interior do estado, trabalhando na segmentação do turismo.

Atuou na defesa dos direitos dos bacharéis de turismo e da Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo. Atualmente, é também presidente da Comissão de Turismo da OAB-RJ, onde realiza reuniões visando ao aprimoramento da legislação no setor, juntamente com um grupo qualificado de advogados que doam seu tempo ao turismo sem qualquer remuneração. É também membro do Conselho Estadual do Turismo.

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