A câmara dos vereadores rejeitou o pedido de impeachment do prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Para que o afastamento de Crivella fosse aprovado seriam necessários 34 votos dos 51 vereadores, o que equivalem a dois terços do número de parlamentares.
O prefeito foi absolvido das seguintes acusações:
VII – Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática;
VIII – Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura;
X – Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
Porém de acordo com o relatório final da comissão de impeachment, houve erros cometidos na renovação dos contratos de empresas que administravam anúncios da prefeitura no mobiliário urbano. A prefeitura do Rio terá que devolver aos cofres públicos 68 milhões de reais, valor adiantado para as empresas.
Revoltada com o resultado do processo, vereadores da oposição seguraram pedaços de pizza para protestar. Ao jornalista Luiz Ernesto Magalhães, de O GLOBO, o vereador Paulo Pinheiro do PSOL disse que eles já tinham preparado o lanche mas o jeito foi improvisar.
Já o vereador Luiz Carlos Ramos Filho, do PODEMOS afirmou que o processo foi totalmente isento
— É com muita tranquilidade que discordo do relatório. Fizemos um estudo aprofundado, acompanhado pela oposição. As testemunhas foram categóricas ao dizerem que não foram pressionadas para emitir parecer. A controladora Márcia Andrea, por exemplo, disse que agiu com a sua consciência. A legislação é clara quando prevê que os contratos devem ser desequilibrados com a manifestação da controladoria e da procuradoria do município. Não posso desfazer as falas e os pareceres dos servidores. Reparamos os fatos. A impopularidade do prefeito, se ou não má gestão, não é objeto da denúncia. Não fomos parciais como diz a oposição, pois em caso do afastamento do prefeito isso poderia favorecer a candidatura do deputado Marcelo Freixo. A comissão agiu de forma imparcial — disse Ramos Filho.
Apesar de salvar, Crivella arca com seu governo impopular e com seus cortes orçamentários e com a crise econômica da cidade do Rio de Janeiro, vinda desde a gestão Eduardo Paes. Crivella em vídeo ainda agradeceu a Deus e já afirmou em outras oportunidades que pretende disputar a reeleição em 2020.