segunda-feira, maio 6, 2024

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A guerra entre Bolsonaro, Folha e Globo, por Hugo Studart

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A sanha investigativa da Globo, do jornal O Globo e da Folha contra Flávio Bolsonaro tem um único objetivo: negociar um acordo de convivência. Jair Bolsonaro fez campanha prometendo quebrar dos dois grupos; assumiu prometendo idem; seus eleitores cobram a promessa. Então Globo e Folha reagem com a única arma que têm: jornalismo agressivo, tipo chantagem.

A rigor, observando com lupa, o Caso Queiroz é uma diatribe fiscal — ainda que seja um grave erro ético e um desastre político. O PT cobrava publicamente 30% em média dos salários dos aparelhados no governo – e a grande mídia nunca fez campanha contra a prática, exceto o jornal O Estado de S.Paulo. Na Câmara Federal, a prática da devolução de parte dos salários é generalizada. A PF investiga essa prática nas Assembleias Legislativas de 16 Estados. Mas só vazou até agora a do Rio de Janeiro.

Flávio é dos últimos no ranking. Mas é óbvio ululante que é o único que interessa à imprensa e aos eleitores pelo fato de o pai ter feito campanha presidencial pregando o combate a esse tipo de diatribe.

No mais, é bem provável que as notícias sobre Flávio e Queiroz venham a minguar caso o governo venha a aceitar um acordo de convivência com a grande imprensa. Até lá, será pau-puro. A outra opção é a de Bolsonaro buscar de fato quebrar a Globo e a Folha. É algo bem plausível; basta se retirar o tubo de respiração artificial das verbas publicitárias e, concomitantemente, cobrar as dívidas da Previdência, do BNDES e da Receita. Aí quebram!

Lembrando, ainda, que o Bradesco tem forte participação societária tanto na Globo quanto na Folha. Assim, o Bradesco é um vetor relevante a ser considerado.

Como é início de governo, Bolsonaro sem dúvida sobrevive a essa primeira tempestade, uma crise de reputação. Mas precisa administrá-la. O problema é que Bolsonaro, Flávio e seus assessores estão cometendo uma sucessão de erros. Perderam a oportunidade, por exemplo, de matar a crise na largada. Está sobrando improviso e faltando gestão racional e organizada dos problemas que surgem.

Faltam, também bons quadros especializados no Palácio do Planalto. Bolsonaro precisa com urgência de profissionais experientes de gerenciamento de crises de reputação. Vou passar aqui uma dica:

Presidente: Vossa Excelência tem um colega de turma (ou contemporâneo?) da Academia Militar, o coronel Homero Zanotta, que entende muitíssimo do assunto. Trata-se de alguém com quem o Sr. pode abrir o coração em absoluta confiança. Ele foi por oito ou nove anos membro do Gabinete de Crise da Presidência. Zanotta hoje é o Coordenador do Curso de Extensão em Comunicação e Gestão de Crises, do Instituto Sagres, curso no qual sou professor.

Ele trabalhou no Gabinete de Crises com o comandante Cunha Couto e o embaixador Macedo Soares, aliás, dois mestres no assunto. Pode pedir ajuda também aos três de uma só vez. Aliás, o general Alberto Cardoso, fundador do Gabinete de Crises quando ministro da GSI de FHC, está igualmente disponível em Brasília.

Tem ainda o jornalista Mário Rosa, igualmente professor do nosso Curso de Gestão de Crises. Ficam aí as dicas para um dream-team: Zanotta, Mário, Cardoso, Cunha Couto e Macedo Soares. É só convocá-los para a missão.

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